A despedida de Andrés D’Alessandro do Internacional foi quase como ele merecia. A vitória sobre o Palmeiras é expressiva, claro. Devolve o Colorado ao G-4. Porém, é bom lembrar que o time gaúcho liderava o campeonato até o fim do primeiro turno. Foram 10 rodadas no topo.
O adeus ao clube é um tanto amargo. O meio sai depois de 12 anos, 480 jogos, 94 gols e 112 assistências com a sensação de que poderia deixar mais um título na galeria do clube. Acrescentar um troféu inédito no currículo. Encerrar 41 anos de jejum. O Inter não ganha o Campeonato Brasileiro desde 1979. Ainda há chance, mas o caminho está bem mais difícil.
D’Alessandro ajudou a consolidar o Internacional como marca mundial. Os principais títulos dele no clube são internacionais: Sul-Americana (2008), Copa Suruga (2009), Libetadores (2010), Recopa (2011). Além disso, empilhou sete edições do Campeonato Gaúcho e duas Recopas Gaúchas. Treze títulos na relação com uma torcida apaixonadíssima por ele.
O camisa 10 é mais um argentino a deixar saudade na era dos pontos corridos. A torcida do Fluminense jamais esquecerá, por exemplo, do meia Darío Conca. Ele foi um dos símbolos da conquista do Brasileirão de 2010 naquele timaço comandado por Muricy Ramalho.
Apaixonada, a torcida do Corinthians cogita, até hoje, o retorno de Carlitos Tévez, símbolo do tetra do Timão no Brasileirão de 2005. O volante Mascherano foi outra referência naquela conquista sob o comando do técnico Antônio Lopes.
Juan Pablo Sorín também deixou saudade. Embora não tenha sido campeão brasileiro pelo Cruzeiro na era dos pontos corridos, o lateral-esquerdo argentino virou ídolo do time celeste. Em 2009, teve despedida badalada na última temporada com a camisa da Raposa. Campeão da Copa do Brasil (2000), Copa Sul-Minas (2001 e 2002), do Supercampeonato Mineiro (2002) e do Campeonato Mineiro (2009), Sorín tem status de D’Alessandro no Cruzeiro.
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