52379343195_140cb0fd2b_c Internacional busca o titulo inédito contra o tricampeão Corinthians. Foto: Thaís Magalhães/CBF Internacional busca o titulo inédito contra o tricampeão Corinthians. Foto: Thaís Magalhães/CBF

Internacional pode ser o quarto gigante campeão do Brasileirão nas versões masculina e feminina

Publicado em Esporte

Finalista da Série A1 pela primeira vez, o Internacional pode se tornar a quarta camisa pesada do futebol nacional a ostentar os títulos do Campeonato Brasileiro nas versões feminina e masculina. Tricampeão com eles em 1975, 1976 e 1979, o Colorado busca a conquista inédita com as Gurias Coloradas neste sábado, às 14h, na Neo Química Arena, contra o Corinthians.

 

Resistentes a investir em um departamento de futebol feminino, os times grandes do país engatinham em seus projetos. Assumido pela Confederação Brasileira de Futebol em 2013, o campeonato teve apenas três camisas pesadas campeãs: o tricampeão Corinthians (2018, 2020 e 2021), o Flamengo (2016) e o Santos (2017). Os outros vencedores da primeira divisão foram projetos sérios como o da Ferroviária (2014 e 2019), Rio Preto (2015) e Centro Olímpico (2013).

 

Entre os vice-campeões nessas 10 edições, há outros dois times pequenos que impulsionaram o futebol feminino. São os casos do Avaí Kindermann, de Santa Catarina, derrotado pelo Corinthians na final de 2020, e o São José-SP, segundo colocado em 2013 e 2015. São Paulo e Cruzeiro disputaram a final da A2 em 2019. O Botafogo foi vice da segunda divisão em 2020 e o Atlético-MG no ano passado. O Athletico-PR perdeu o título deste ano para o Ceará.

 

Vergonhosamente, muitos clubes de ponta do futebol brasileiro passaram a investir no futebol feminino depois de uma exigência da Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) em 2016: um dos requisitos para disputar a Libertadores era ter um time de futebol feminino. A regra passou a valer em 2019 com a entrada em vigor do novo regulamento de licenciamento.

 

De lá para cá, houve uma correria para a montagem de departamentos de futebol feminino profissional e de base e da estrutura necessária para a atividade das jogadoras. Na correria, houve até quem firmasse parceria a toque de caixa a fim de ter um elenco para chamar de seu.

 

Protagonistas da final nesta sexta-feira, Corinthians e Internacional estão na contramão. Ambos têm projetos consolidados. O time paulista é uma referência mundial no futebol feminino. Coleciona títulos nacionais e internacionais. É tricampeão da Libertadores Feminina.

 

O Internacional não investe no futebol feminino por modinha nem pressão de estatutos. É um dos pioneiros no país. Incentiva desde 1983. Alcançou o terceiro lugar no Brasileirão de 1987. O projeto passou por processo de modernização a partir de 1996 sob o comando de Eduarda Luizelli, a Duda.  A dirigente deixou como legado nível de excelência antes de partir para o desafio de trocar as Gurias Coloradas pelo desafio frustrado de exercer o cargo de coordenadora de seleções femininas da CBF. A entidade demitiu a profissional no começo desta temporada.

 

A equipe gaúcha vinha dando sinais de evolução. Terminou em quarto lugar na edição passada do Campeonato Brasileiro. Caiu nas semifinais diante do Palmeiras. Nesta edição, desbancou Flamengo e São Paulo na caminhada até a decisão do título contra o Corinthians. A campanha na primeira fase foi excelente. O time avançou em terceiro, atrás de Palmeiras e São Paulo.

 

Inter e Corinthians duelarão pela sexta vez desde que o Colorado reabriu o departamento de futebol no vaivém do investimento. São três vitórias das paulistas e dois empates. Depois do empate em casa, as Gurias Coloradas precisam vencer em Itaquera. O técnico Maurício Salgado não contará com a lateral-esquerda Isabela. A jogadora está suspensa pela expulsão na ida. Eskerdinha assumirá a função. Zóio de Djeni estão indisponíveis por causa de lesões.

 

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