Como diz um amigo, o futebol é uma bênção. Eis mais uma prova. Amigos, se a Argentina amarga um jejum de 23 anos sem conquistar um título, parte da culpa é de um centroavante chamado Gonzalo Higuaín. O sujeito teve três — repito — três chances consecutivas em três finais seguidas disputados em três anos de sequência de virar herói, amarelou na frente do gol e o país perdeu as finais da Copa do Mundo de 2014 e das Copas Américas de 2015 e de 2016. Mas tem coisas que só acontecem com o Botafogo e com… O francês naturalizado argentino Higuaín.
Apesar dos três vexames, Higuaín está prestes a se tornar o segundo jogador mais caro dessa bênção chamada futebol. A Juventus topou desembolsar € 94,7 milhões pelo jogador que virou pesadelo dos argentinos em decisões. Se a transferência se confirmar, apenas o galês Gareth Bale (pra mim outro superlativado) será mais caro do que Higuaín na história do futebol. Numa boa. É uma loucura completa. O Real Madrid pagou ao Tottenham € 101 milhões por Bale. Tem noção? Bale custou R$ 361,5 milhões e Higuaín pode ser o segundo mais caro da história por R$ 339 milhões.
A torcida do Napoli está enfurecida com a possibilidade de perder o artilheiro isolado do último Campeonato Italiano. Compreensível. Jogador de clube, Higuaín fez 36 gols na temporada de 2015/2016. Foi a única vez na vida em que Higuaín foi artilheiro de alguma coisa. Higuaín, que está longe de ser um perna de pau — mas não pode ser o segundo jogador mais caro da história —, é a prova do que insiste dizer meu amigo do início deste post. Admito: o futebol é, mesmo, uma bênção.