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Guia do Mundial Sub-20 2025: conheça as 24 seleções candidatas ao título

Publicado em Esporte

O Guia do Mundial Sub-20 2025 do Drible de Corpo começa contando uma história. Há 38 anos, a primeira versão disputada no Chile via surgir uma geração de craques na conquista do título da extinta Iugoslávia contra a Alemanha Ocidental nos pênaltis, por 5 x 4, no Estádio Nacional, em Santiago.

 

A seleção comandada por Mirko Jozic, que depois levaria o Colo-Colo ao título da Libertadores em 1991, contava com Lekovic,  Jarni, Jankovic, Boban, Prosinecki, Pavlovic, Mijatovic, Suker, Petric e companhia. Tinha tudo para ser uma potência, mas a queda do Muro de Berlim deu início ao esfacelamento do país em sete nações: Eslovénia, Croácia, Bósnia e Herzegovina, Sérvia, Montenegro, Macedónia do Norte e Kosovo. Parte do espólio levou a Croácia ao terceiro lugar na Copa de 1998. Suker, por exemplo, foi o artilheiro daquela Copa, auxiliado por Prosinecki.

 

De volta ao Chile, o Mundial Sub-20 começa neste sábado em um admirável mundo novo marcado por jogadores precoces. Há 20 anos, Lionel Messi levou a Argentina ao título na Holanda aos 18 anos. Com essa idade, Lamine Yamal é o protagonista da seleção principal da Espanha, levou La Roja ao título da Eurocopa em 2024 e coleciona títulos no Barcelona. Ele poderia disputar o evento no Chile, porém queimou etapas em um mercado com demanda cada vez maior por talentos precoces. Yamal não é a única ausência.

 

Ramon Menezes convocou o Brasil sem Endrick (Real Madrid), Estêvão (Chelsea) e Vitor Roque (Palmeiras). A Argentina não chamou Mastantuono (Real Madrid) e Echeverri (Bayer Leverkusen). A França se vira sem Doué (PSG), Zaire-Emery (PSG) e Leny Yoro (Manchester United). Em contrapartida, conta com um o filho caçula de um jogador eleito três vezes melhor do mundo. Olho no camisa 5 Elyaz Zidane A Itália não conta com Pio Esposito (Internazionale).

 

Além de Yamal, a Espanha lamenta Huijsen (Real) e Cubarsi (Barcelona). Marrocos está carente de Ben Seghir (Bayer Leverkusen). A Nigéria não conseguiu convocar Ilenikhena (Monaco) e a Noruega prescinde de Nusa (Red Bull Leipzig). Sinal dos tempos de times europeus cada vez mais “sub-20”.

 

Apesar dos desfalques, o Mundial Sub-20 promete surpresas. A começar pela ausência do atual campeão. O Uruguai não se classificou. Vice em 2023, a Itália disputa um torneio cada vez mais imprevisível. A Ucrânia conquistou a taça em 2019. Antes, a Inglaterra. Mais atrás, a Sérvia e a França.

 

Resumindo: a competição tem uma sequência de cinco campeões inéditos. Recordista de troféus, a hexacampeã Argentina não ganha desde 2007. Segundo no ranking, o Brasil sofre de abstinência há 14 anos. Triunfou pela última vez em 2011.

 

Eliminado por Israel em 2023, na Argentina, o Brasil segue nas mãos do técnico Ramon Menezes. No ano passado, ele fracassou no Pré-Olímpico. A Seleção não foi a Paris-2024. O presidente Ednaldo Rodrigues deixou o cargo, mas o sucessor, Samir Xaud, e Branco, diretor das seleções de base, o mantêm na função. O título do Sul-Americano Sub-20 depois de estrear perdendo por 6 x 0 para a Argentina pesou no início da temporada.

 

O elenco verde-amarelo conta como destaques como Deivid Washington, emprestado pelo Chelsea ao Santos, Pedrinho (Zenit São Petersburgo), Wesley (Al-Nassr), Luighi (Palmeiras), Iago (Flamengo) e Bruno Alves (Cruzeiro). Essas são algumas das armas no grupo mais forte do Mundial Sub-20 contra Marrocos, México e Espanha.

 

JOGOS DA SELEÇÃO

  • 28/09/2025 – Brasil x México (20h)
  • 01/10/2025 – Brasil x Marrocos (20h)
  • 04/10/2025 – Espanha x Brasil (17h)
  • Transmissão: Caze TV (YouTube) e Fifa+

 

As 24 seleções estão divididas em seis chaves com quatro países cada. Avançam às oitavas o líder e o vice de cada chave, além dos quatro melhores terceiros colocados. O Brasil não é o favorito. Especialistas ouvidos pelo blog apontam Espanha e França à frente das demais. Há menções a outras três seleções: Argentina, Itália e o promissor Marrocos.

 

O Mundial Sub-20 começa neste sábado e vai até 20 de outubro. Os jogos serão nas cidades de Valparaiso (Estádio Elias Figueroa), Rencagua (Estádio El Teniente), Santiago (Estádio Nacional) e Talca (Estádio Nacional Julio Martínez Prádanos). A Argentina tem o elenco mais caro, avaliado em € 61,8 milhões. O Brasil é o segundo com € 40,9 milhões. A Nigéria tem o elenco mais jovem com média de 18,9 anos. A Itália vem logo atrás com 19,1.

 

AS 24 SELEÇÕES

 

» GRUPO A

 

ChileChile

Participações: 7

Melhor campanha: 3º (1997)

Estrela: Lautaro Millán (Independiente)

Técnico: Nicolás Andrés Cordova

 

Nova ZelândiaNova Zelândia

Participações:  8

Melhor campanha: oitavas (2015, 2017, 2019 e 2023)

Estrela: Lukas Kelly-Head (Wellington)

Técnico: Chris Greenacre (Inglaterra)

 

JapãoJapão

Participações: 12

Melhor campanha: vice-campeão (1999)

Estrela: Keita Kosugi

Técnico: Yuzo Funakoshi

 

EgitoEgito

Participações: 9

Melhor campanha: 3º (2001)

Estrela: Mohamed El Sayed (Zamalek)

Técnico: Osama Nabih

 

» GRUPO B

 

Coreia do SulCoreia do Sul

Participações: 17

Melhor campanha: vice-campeã (2019)

Estrela: Min-Ha Shin

Técnico: Lee Chang-Won

 

UcrâniaUcrânia

Participações: 5

Melhor campanha: campeão (2019)

Estrela: Ponomarenko (Dínamo de Kiev)

Técnico: Dmytro Mykhailenko

 

ParaguaiParaguai

Participações: 10

Melhor campanha: 4º (2001)

Estrela: Enso González (Wolverhampton)

Técnico: Antolín Alcaraz

 

PanamáPanamá

Participações: 7

Melhor campanha: oitavas (2019)

Estrela: Rafael Mosquera (New York Red Bull)

Técnico: Jorge Luis Dely Valdes

 

» GRUPO C

 

BrasilBrasil

Participações: 20

Melhor campanha: campeão (1983, 1985, 1993, 2003 e 2011)

Estrela: Wesley (Al-Nassr)

Técnico: Ramón Menezes

 

MéxicoMéxico

Participações: 17

Melhor campanha: vice-campeão (1977)

Estrela: Gilberto Mora (Tijuana)

Técnico: Ramírez Deschamps

 

MarrocosMarrocos

Participações: 4

Melhor campanha: 4º (2005)

Estrela: Ali Maamar (Anderlecht)

Técnico: Mohamed Ouahbi (Marrocos)

 

EspanhaEspanha

Participações: 16

Melhor campanha: campeã (1999)

Estrela: Iker Bravo (Udinese)

Técnico: Paco Gallardo

 

» GRUPO D

 

ItáliaItália

Participações: 9

Melhor campanha: vice-campeã (2023)

Estrela: Mattia Liberali (Catanzaro)

Técnico: Carmine Nunziata

 

AustráliaAustrália

Participações: 16

Melhor campanha: 4º (1991 e 1993)

Estrela: Irakunda (Watford)

Técnico: Trevor Morgan (Inglaterra)

 

CubaCuba

Participações: 2

Melhor campanha: fase de grupos (2013)

Estrela: Karel Pérez (Vianense)

Técnico: Pedro Pereira

 

ArgentinaArgentina

Participações: 18

Melhor campanha: campeã (1979, 1995, 1997, 2001, 2005 e 2007)

Estrela: Álvaro Montoro (Botafogo)

Técnico: Diego Placente

 

» GRUPO E

 

Estados UnidosEstados Unidos

Participações: 18

Melhor campanha: 4º (1989)

Estrela: Cremaschi (Parma)

Técnico: Marko Mitrovic (Sérvia)

 

Nova CaledôniaNova Caledônia

Participações: estreante

Melhor campanha: estreante

Estrela: Bouchet Muller (Cavigal)

Técnico: Pierre Wajoka

 

FrançaFrança

Participações: 9

Melhor campanha: campeã (2013)

Estrela: Rabby Nzingoula (Strasburg)

Técnico: Landry Chauvin (França)

 

África do SulÁfrica do Sul

Participações: 5

Melhor campanha: oitavas (2009)

Estrela: Langelihle Phili (Stellenboch)

Técnico: Raymond Mdaka

 

» GRUPO F

 

ColômbiaColômbia

Participações: 12

Melhor campanha: 3º (2003)

Estrela: Jordan Barrera (Botafogo)

Técnico: César Torres

 

Arábia SauditaArábia Saudita

Participações: 10

Melhor campanha: oitavas (2011 e 2017)

Estrela: Talal Haji (Al-Riyadh)

Técnico: Marcos Soares (Brasil)

 

NoruegaNoruega

Participações: 4

Melhor campanha: fase de grupos (1989, 1993 e 2019)

Estrela: Sondre Granaas (Molde)

Técnico: Bjorn Johansen

 

NigériaNigéria

Participações: 14

Melhor campanha: vice-campeã (1989 e 2005)

Estrela: Sani Suleiman (Trentini)

Técnico: Alivu Zubairu

 

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