A conquista do tetracampeonato do Manchester City na Premier League neste domingo na vitória por 3 x 2 contra o West Ham, no Etihad Stadium, consolida uma temporada europeia marcada por títulos de quatro ex-meias comprovadamente competentes em quatro das cinco ligas mais badaladas da Europa depois de trocarem os pés pelas mãos ao assumirem a prancheta de técnico. Pep Guardiola, Luis Enrique, Carlo Ancelotti e Xabi Alonso foram boleiros acima da média antes da transição na carreira. Todos são campeões nacionais em 2023/2024 tendo como ponto forte justamente o meio de campo dos respectivos times.
O ex-meia Pep Guardiola protagonizou a quarta conquista consecutiva do Manchester City. Isso jamais havia acontecido em 122 edições do Campeonato Inglês. É o sexto título pessoal do treinador catalão na melhor liga nacional do mundo, ou seja, contra os melhores mestres do planeta. Um deles se despediu do Liverpool. Está encerrada a era Jürgen Klopp nos Reds. A conquista é de Pep Guardiola, mas poderia ter sido de Mikel Arteta. O comandante do Arsenal também tem currículo nas quatro linhas como meia.
O setor de criação do Manchester City ostenta pelo menos três meias de outro patamar. O belga De Bruyne, o espanhol Rodri e o ingles Foden são os símbolos da dinâmica de jogo do guardiolismo. Experimenta tirar essas três peças e o time passará do vinho para a água.
Luis Enrique guiou o Paris Saint-Germain ao título do Campeonato Francês. Outro ex-meia bom de bola. O time da capital terminou a Ligue 1 tricampeã nacional em edições seguidas. O PSG não tinha mais Messi nem Neymar. Bastou Mbappé para manter a hegemonia? Não. Vitinha, Fabian Ruiz e Warren Zaire-Emery carregaram o piano para o astro brilhar.
Xabi Alonso, mais um ex-meia espanhol fora de série, encerrou a Bundesliga gigante depois de brindar o Bayer Leverkusen com o título inédito no Campeonato Alemão. Invicto diga-se de passagem. O espanhol ainda pode ganhar a Copa da Alemanha e a Europa League nesta temporada. Uma temporada intocável de quem debutou outro dia na profissão. Xabi pensa o time a partir de um meio de campo fortíssimo liderado por dois articulares talentosos: o suíço Granit Xhaka e o argentino Ezequiel Palacios.
Carlo Ancelotti era outro meia dos bons. Jogador histórico na era dourada do Milan. Ganhou LaLiga com o Real Madrid e pode conquistar a Champions League em 1° de junho na decisão contra o alemão Borussia Dortmund, no Estádio Wembley, em Londres, capital da Inglaterra. O único campeão nas cinco ligas mais badaladas do Velho Continente: Alemão, Espanhol, Francês Inglês e Italiano,
Uma das marcas dos times de Ancelotti é a criatividade. O inglês Bellingham, o alemão Kroos e o croata Modric dão esse poder ao Real Madrid. Três ritmistas com estilos diferentes para atender às necessidades do comandante merengue. Um luxo galáctico.
O Campeonato Italiano também foi conquistado por um jogador, porém Simone Inzaghi é exceção. O técnico da Internazionale Simone Inzaghi era centroavante. Nem por isso o time campeão da Série A menospreza o meio de campo. Mkhitaryan, Çalhanoglu e Barella faziam a ponte entre meio de campo e ataque com Lautaro Martínez e Marcus Thuram.
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