A vitória do líder Corinthians por 1 x 0 contra o Atlético-GO é um prêmio a quem está aberto a novas possibilidades. Autor do gol alvinegro, em Goiânia, Gustavo Mantuan é o oposto de Róger Guedes. Enquanto o jogador de 25 anos bate o pé que só rende aberto na esquerda, o meia de 20 anos entendeu que o futebol moderno cobra maleabilidade. Convicto disso, topou atuar como ponta-direira, ponta-esquerda, falso nove, meia e lateral-direito, como na noite deste sábado. Vítor Pereira delegou a missão a Mantuan e ele cumpriu com louvor o papel que deveria ser de Fágner, João Pedro e Rafael Araujo.
No lance do gol, Du Queiroz rompe com a bola dominada na entrada da área, toca para o Lucas Piton e ele cruza na medida para o lateral-direito Mantuan surgir, dentro da pequena área, livre de marcação, como se fosse um centroavante. Gustavo Mantuan sintetiza a modernidade tão exigida pelas grandes potências da Europa. Joga em várias posições.
“Sou atacante, meia-atacante, mas a gente é profissional, quer sempre ajudar o clube, principalmente o professor (Vítor Pereira). Ele deposita muita confiança em mim e isso é importante para a minha carreira. Na linha de trás (lateral), é uma função que estou aprendendo ainda. Com o tempo vou levando, mas é importante para a minha carreira”, disse Gustavo Mantuan ao Premiere na saída para o intervalo.
Mantuan não é exceção. Tem sido uma regra no que diz respeito a jovens talentos dispostos a sair da caixinha. Lázaro, por exemplo, teve um excelente início de temporada no Flamengo atuando em uma função diferente. Paulo Sousa o escalava como ala-esquerdo, onde ele foi muito útil ao time no quesito marcação e assistências.
Até o veterano Fábio Santos entendeu como funciona a gestão de Vítor Pereira. Mudou de posição pelo menos duas vezes na vitória de hoje. “Importantíssimo (jogar em mais de uma função), de repente não precisa fazer substituição e com os mesmos jogadores muda o esquema. Comecei como lateral, depois fui terceiro zagueiro”, disse depois da partida.
Polêmica por causa da anulação do gol do Atlético-GO no primeiro tempo, a vitória do Corinthians, em Goiânia, não é gigante somente pelo fato de o clube dormir na liderança isolada. Concorrentes diretos do Timão foram até lá e perderam pontos. O Flamengo empatou com Dragão. Palmeiras e Atlético-GO tropeçaram na casa do Goiás. O Corinthians desembarca na capital paulista com três garantidos na bagagem.
O triunfo é importante, mas, óbvio, há ressalvas. Renato Augusto continua sendo desperdiçado no elenco. Na verdade, é quem deveria estar funcionando como o maestro do time. Não somente ele, mas Willian, Giuliano e outros. Não é possível, também, o Corinthians encerrar a partida como se não fosse o Corinthians, ou seja, incorporando ferramentas de times pequenos, como a retranca. Isso precisa mudar.
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