Gama festeja o 14° título do Candangão após superar o Capital nos pênaltis. Foto: Minervino Júnior/CB.DA Press
A Sociedade Esportiva do Gama é uma espécie de “Real Madrid” do Distrito Federal. Obviamente, não me refiro ao poder econômico nem a galáticos no elenco. Campeão candango pela 14ª vez ao empatar por 1 x 1 com o Capital no tempo regulamentar e triunfar por 3 x 1 nos pênaltis no Estádio Mané Garrincha, o Alviverde reconquista a hegemonia doméstica no momento mais delicado em quase 50 anos: o clube está em recuperação judicial. A semelhança com o time merengue diz respeito ao peso da camisa, à gana por troféus e a uma força sobrenatural em decisões, sintonizado com o maior patrimônio: uma torcida apaixonada pela equipe mais popular do nosso quadrado. Se o Real Madrid tem pacto com a Champions League, da qual é campeão 15 vezes, o Gama é obcecado pelo Candangão. É difícil perder quando chega na decisão.
O Gama arrancou rumo ao título em quatro jogos. Estava à beira da eliminação depois de perder para o Brasiliense por 2 x 0 na penúltima rodada da primeira fase. Luiz Carlos Souza e o assstente Victor Santana arrumaram a casa a toque e caixa.
Empataram com o Capital e levaram o Gama à semifinal. Passaram pelo Brasiliense com 3 x 0 no Bezerrão e 0 x 0 no Serejão. Neste sábado, O centroavante Luan e o goleiro Renan Rinaldi, protagonista de três defesas em quatro cobranças nos pênaltis, consumaram a glória incontestável.
Favorito devido ao investimento, o Capital adora viver perigosamente. Abriu o placar com passe lindo de Robert e finalização cinematográfica de Wallace Pernambucamo com direito a chapéu e arremate impecável, à altura do público de 37.845 presentes no Mané Garrincha. Por sinal, onde foram parar os outros 22.155 bilhetes? Não eram 60 mil ingressos gratuitos?
Recordista de títulos no Candangão, Gama entra em recuperação judicial
O Gama empatou com uma demonstração de modernidade tática do técnico Luis Carlos Souza. O time dele tinha 11 jogadores no campo do Capital antes de Lucas Piauí sofrer o pênalti após belo corta-luz de David Lucas e o passe do ensaboado Ramon. O Alviverde fazia o tal do perde-pressiona e o adversário se perturbou. O experiente Luan converteu e igualou o placar.
O Gama cumpriu o plano e foi recompensado. A ordem no intervalo era era ser intenso, sem deixar que o Capital ficasse com a bola. Portanto, marcar o tempo todo no campo do Capital e deixá-los sem saída.
O Gama teve perna para cumprir o plano. Incrível, levando-se em conta o intervalo de dois dias entre a semifinal na quarta-feira contra o Brasiliense e a decisão contra o Capital.
A bola na rede mexeu com a mente e o coração do Capital. Havia o trauma da erra do título para o Ceilândia no ano passado. A nova temporada colocou o tricolor na marca da cal em todas as competições.
Houve triunfos contra Ceilândia na Copa Verde e a Portuguesa-RJ na Copa do Brasil. Quando o trauma parecia exorcizado, eis que uma recaída na final única custa o título inédito. O segundo vice consecutivo no Candangão com requintes de crueldade.
Luiz Carlos Souza e Victor Santana são largos em decisões por pênaltis no Mané Garrincha. O técnico levou o Brasília so título da primeira edição da Copa Verde por 7 x 6 contra o Paysandu em 2014. O auxiliar ganhou o título local pelo Sobradinho em 2018, também diante do Sobradinho na temporada de 2018.
Há outra coincidência entre eles: o fato de os dois profissionais militarem no Distrito Federal. Foi assim também no ano passado no títulos de Adelson de Almeida pelo Ceilândia. Santos de casa fizeram milagres.
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