Eu comentei com amigos na redação do Correio e vou escrever aqui neste espaço o que disse: a presença de Ronaldinho Gaúcho com a camisa do Fluminense na Flórida Cup é uma das histórias mais patéticas dos últimos tempos no futebol brasileiro. Como explicar a aos organizados norte-americanos que o jogador eleito duas vezes o melhor do mundo — em 2004 e em 2005 — vai jogar o torneio vestindo o uniforme tricolor, mas não é jogador do clube? Se fosse um torneio oficial, o time das Laranjeiras perderia sei lá quantos pontos por causa da utilização irregular do jogador. É inacreditável o que nós veremos neste fim de semana.
O caso de Ronaldinho Gaúcho questão só expõe o quanto os nossos criativos dirigentes conseguem elaborar contratos pífios na hora de realizar o sonho desesperado de ter no elenco não um atleta, mas sim um garoto-propaganda. Ronaldinho Gaúcho não foi nem uma coisa nem outra na passagem relâmpago pelo Fluminense. Na minha opinião, a imagem do clube vai sofrer máculas quando Ronaldinho Gaúcho entrar em campo para cumprir acordo publicitário.
Vai ser bom para quem? Para o Fluminense? Antes fosse… A exibição de Ronaldinho Gaúcho vai servir para o irmão dele — Roberto Assis — mostrar para os donos de franquia da Major League Soccer (MLS) que o craque ainda bate um bolão e pode ser muito importante para qualquer elenco na próxima temporada do emergente futebol (ops) soccer americano.
Assis jura que Ronaldinho Gaúcho ainda tem uns dois, três anos de lenha para queimar. Na minha opinião, R10 deixou de jogar em alto nível desde que Pep Guardiola mostrou o caminho da rua para ele em 2008. Ronaldinho Gaúcho tentou, mas nunca conseguiu ser o mesmo no Milan, enganou bem no Flamengo e teve um último suspiro no Atlético-MG. A passagem pelo Querérato, do México, deu pena. E o tempo em que eles esteve no Fluminense, constrangimentos desnecessários, vergonha.
Ronaldinho Gaúcho não precisa disso. Muito menos merecia isso. Curti demais vê-lo jogar. Era alegria garantida ou seu dinheiro de volta. Mas R10 é de carne e osso. Cansou das exigências do futebol de alto nível. Numa boa. Ele quer samba, mulheres e cerveja. Mas o olho grande de Roberto Assis, que sempre fez do irmão um fantoche, não aceita que sua fonte de rentáveis contratos está secando. Ainda assim, pretende sugar até a última gota de energia do brother.
Um passarinho de Porto Alegre me contou que o sonho de Roberto Assis é se redimir com a torcida do Grêmio. O de Ronaldinho Gaúcho também. Ambos tentaram uma reaproximação com o clube. Um dos intermediários da possível volta de Ronaldinho Gaúcho ao Grêmio para a disputa da Copa Libertadores da América é o técnico e ex-companheiro de Ronaldinho Gaúcho no time tricolor gaúcho, Roger Machado. Nos bastidores, dizem que ele gostaria muito de contar com a experiência de R10. Fiz uma longa entrevista com Roger Machado no ano passado para o Correio. Volta e meia trocamos mensagens no WhatsApp. Um dia desses, fiz a seguinte pergunta ao Roger Machado:
O Ronaldinho Gaúcho vai ser o seu camisa 10 em 2016?
Ele viu a pergunta. Apareceram os dois riscos azuis. Mas, pela primeira vez, não respondeu.
Quem cala consente. Ou não…
Aguardemos.
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