O Mané Garrincha pode ser interditado nesta quarta-feira pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), mas o risco é ignorado pelos organizadores da partida entre Fluminense e Corinthians marcada para o próximo dia 16, às 20h, pela oitava rodada do Brasileirão. Na noite de ontem, o site www.meubilhete.com deu início à venda online de ingressos para o clássico. Os preços variam de R$ 46 no setor superior (meia) a R$ 92 no inferior (meia).
Em entrevista por telefone ao blog, Paulo Schmitt reafirmou que vai pedir a interdição do Mané Garrincha ao STJD, mas pondera. “Não há nada que impeça a venda de ingressos nesse momento para Fluminense x Corinthians”. A partida foi oficializada para o Mané Garrincha no último dia 3. A CBF alterou o local de “a definir” para Mané Garrincha às 21h49 da última sexta-feira.
Questionado se, em caso de interdição, a partida entre Fluminense e Corinthians pode ser a última no Mané Garrincha antes do torneio de futebol dos Jogos Olímpicos do Rio-2016, Paulo Schmitt afirmou. “Não sei informar, dependerá do presidente do STJD determinar ou não a interdição e a forma de execução da penalidade. Mas é cedo para falar porque a denúncia ainda não foi apresentada”, ponderou em entrevista ao blog.
Paulo Schmitt lembrou que não é a primeira vez que o Mané Garrincha dá problemas no Brasileirão e ironizou o investimento no estádio inaugurado em 2013 para a Copa de 2014. “Apesar de ser um estádio bilionário da Copa, a infraestrutura de segurança parece insuficiente para conter uma violência como a que vimos”, disse.
“Acho que o futebol está perdendo a batalha, não ficou um clube sem ser responsabilizado no meu mandato por atos de violência praticados por seus torcedores como manda a lei, mas procuradoria não julga, não prende, não solta. Os clubes nunca se engajaram de fato nessa batalha”
Prestes a deixar o cargo de procurador-geral do STJD em 15 de julho, Paulo Schmitt diz que fez o possível para coibir a violência, mas culpa, principalmente, os clubes, pelo que chama de “7 x 1” na batalha contra os vândalos. “Acho que o futebol está perdendo a batalha, não ficou um clube sem ser responsabilizado no meu mandato por atos de violência praticados por seus torcedores como manda a lei, mas procuradoria não julga, não prende, não solta. Os clubes nunca se engajaram de fato nessa batalha. Recentemente que conseguimos um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) através da federação de Pernambuco e alguns dos seus clubes filiados contra benefícios a organizadas”, frisou.
SERVIÇO
Fluminense x Corinthians
Venda online: www.meubilhete.com
Nos postos físicos
Superior
R$ 80,00 (inteira)
R$ 40,00 (meia)
Camarote
R$ 150,00 (refrigerante, suco, agua) + (salgado e caldo)
Hospitality
R$ 120,00 (inteira)
R$ 60,00 (meia)
Inferior
R$ 160,00 inteira
R$ 80,00 meia
Todos pagam meia levando 2kg de alimento
Pontos de vendas
Grandes torcidas na 308 sul
Loja Oficial do Fluminense na 308 SUL
Globo Esporte Taguatinga Centro
Lojas Sete Mares (Alameda shopping, Shopping JK, Taguatinga shopping, Conjunto Nacional)
Nota oficial do Flamengo sobre as brigas no Mané Garrincha
Sobre o deprimente episódio de violência no Estádio Mané Garrincha, em Brasília, no último domingo, o Clube de Regatas do Flamengo esclarece que:
• Como mandante, o Flamengo tomou todas as precauções previstas no regulamento do Campeonato Brasileiro e na Lei 10.671 (Estatuto do Torcedor), cabendo ao clube a contratação de seguranças privados, sendo os órgãos públicos responsáveis por estimar e direcionar o efetivo de policiais militares, policiais civis e bombeiros para a partida.
• Para a segurança das quase 55 mil pessoas que foram ao estádio, o Flamengo disponibilizou 390 seguranças privados, sendo 108 destinados aos locais ocupados por torcedores organizados dos clubes. Este número é compatível com outros jogos de grande apelo.
• Em reunião realizada na quarta-feira passada (1/6), o Flamengo apresentou às forças de segurança do Distrito Federal um plano de ação com a disposição de grades de separação, blocos de isolamento e os portões exclusivos para a entrada de torcedores organizados de ambos os clubes (portão 4 para a organizada do Palmeiras; 21 e 22 para organizadas do Flamengo).
• Na quinta-feira (2/6), houve uma reunião entre órgãos de segurança e representantes de torcidas organizadas dos dois clubes. Na ocasião, o representante do Palmeiras argumentou que não poderia se responsabilizar por possíveis atitudes de integrantes vindos de São Paulo.
• É importante esclarecer que “torcedores” da Mancha Verde percorreram os corredores internos do estádio derrubando grades, agredindo policiais e seguranças privados com extintores de incêndio, cadeiras e mesas, com o objetivo de se confrontarem com torcedores do Flamengo.
• No momento em que a PM chegou com maior efetivo ao local (350 policias trabalharam no domingo) houve confronto e 21 palmeirenses foram presos.
• Infelizmente, todos já foram liberados, mesmo com um torcedor do Flamengo ainda hospitalizado e em estado grave. O Flamengo estima que o torcedor rubro-negro se recupere brevemente e retorne ao Rio de Janeiro.
• Sobre a denúncia do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), o Flamengo afirma que se defenderá por meio de seus advogados e acredita que não agiu, contribuiu ou se omitiu para que o evento danoso, de responsabilidade exclusiva da torcida do palmeiras, acontecesse.
• Quem vai ao estádio para tentar matar outros torcedores deve ser tratado como criminoso e responder à Justiça pelos devidos crimes cometidos.
Clube de Regatas do Flamengo.