Foi uma conversa rápida. Mas suficiente para o presidente do Fluminense, Peter Siemsen, marcar a posição do clube das Laranjeiras no episódio em que a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) impediu — ao menos por enquanto — o Flamengo de usar o Estádio Mané Garrincha, em Brasília, como sua casa no Campeonato Brasileiro. Além de ser aliado rubro-negro na guerra contra a Federação do Estado do Rio de Janeiro (Ferj), o tricolor também tem interesse de usar a arena candanga na primeira divisão deste ano enquanto o Maracanã e o Engenhão estiverem fechados. E sentiu-se atingido por tabela no polêmico veto anunciado pelo secretário-geral da CBF, Walter Feldman.
A primeira pergunta a Peter Siemsen foi se Fluminense e Flamengo vão ser mais uma vez parceiros na cruzada contra a Ferj e a CBF pelo direito de mandarem jogos em Brasília ou qualquer outra cidade do país. O dirigente respondeu: “Sim. Estamos avaliando o melhor caminho”. Peter Siemsen e o presidente do Flamengo, Eduardo Bandeira de Mello, interpretam a postura da CBF como uma retaliação ao fato de ambos terem peitado a CBF pela criação da Primeira Liga, a chamada Copa Sul-Minas-Rio. O Fluminense inclusive gostaria de mandar a partida contra o Criciúma no Mané Garrincha, em 10 de março. Na véspera, o Flamengo enfrentará o Figueirense em Brasília. Como a tabela do Campeonato Brasileiro ainda não saiu, tudo indica que vem uma nova guerra por aí entre a dupla Fla-Flu, CBF e Ferj…
Perguntei ainda se Peter Siemsen anunciaria hoje o técnico Levir Culpi como substituto de Eduardo Baptista no Fluminense. O presidente tricolor evitou alongar o assunto. “Não vou anunciar ninguém hoje não”. Tentei falar com Levir Culpi, mas o treinador foi gentil. Pediu desculpas, alegou que está em férias e não quer dar entrevistas. Em fim de semana de Osacar, a mensagem no Whatsapp do treinador é uma prova de que ele não quer mesmo saber de futebol por enquanto: “No Cinema”. Porém, uma pessoa próxima ao técnico disse ao blog que Levir Culpi recebeu sondagem do Fluminense e está disposto, sim, a voltar a trabalhar neste primeiro semestre.
O sonho de Peter Siemsen é Cuca. Mas falta dinheiro. Além disso, o treinador com duas passagens pelo Fluminense disse várias vezes que pretendia tirar um ano sabático. Ele pode se dar ao luxo. Ganhou dinheiro a rodo na temporada em que trabalhou na China. Oswaldo de Oliveira também é um dos cotados. Peter Siemsen confirmou apenas a contratação de Jorge Macedo, ex-Internacional, para assumir a vaga de diretor executivo do demitido Fernando Simone.