Flamengo perde chance de usar duelo com Maringá como carta de intenções para esperar Jorge Jesus

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Se o Flamengo está disposto a esperar por Jorge Jesus, a partida de ida contra o Maringá pela terceira fase da Copa do Brasil deveria ter sido aproveitada como uma espécie de carta de intenções do elenco não somente para a diretoria, mas aos 45 milhões de rubro-negros. A derrota por 2 x 0 deixou claro que o time sem rumo precisa urgentemente de um treinador. Exposto de forma constrangedora, o técnico do sub-20 Mário Jorge precisa ser poupado da missão inglória de administrar um elenco desmobilizado a essa altura da temporada.

O jovem treinador desfez o sistema com três zagueiros deixado por Vítor Pereira, retomou a linha de quatro na defesa, devolveu Éverton Ribeiro ao meio de campo ao lado de Thiago Maia, Gérson e Cebolinha, apostou em Gabriel Barbosa e Pedro na frente, mas nada funcionou em uma prova dura de que o problema do Flamengo vai muito além do criticado sistema adotado pelo lusitano.

Jogadores como o zagueiro David Luiz, o volante Gerson e o atacante Gabriel Barbosa estão muito aquém do esperado tecnicamente e fisicamente. É necessário recondicioná-los, devolvê-los ao padrão de excelência. Para que isso aconteça, há reservas pedindo passagem. O meia Matheus França, por exemplo, estava em evolução sob o comando de Vítor Pereira.

Refém de Jorge Jesus, o Flamengo não pode se dar ao luxo de esperá-lo por 13 jogos enquanto ele conclui o contrato com o Fenerbahçe. O time é vice-líder do Campeonato Turco com seis pontos atrás do Galatasaray e um confronto direto pela frente; e está classificado para as semifinais da Copa da Turquia. O acordo por lá expira em maio. Se escolher aguardar, o Flamengo terá de enfrentar Coritiba, Ñublense, Internacional, Maringá, Botafogo, Racing, Athletico-PR, Goiás, Bahia, Corinthians, novamente Ñublense, Cruzeiro e Vasco sob as ordens de um interino.

Isso beira a insanidade se levarmos em conta a quantidade de técnicos respeitados e vitoriosos disponíveis no mercado. Tite, Cuca, Wanderley Luxemburgo e Dorival Júnior são campeões nacionais e internacionais. O argentino Marcelo Gallardo é ouro nome solto, assim como Reinaldo Rueda. Vice-campeão da Copa do Brasil e da Sul-Americana em 2017, o colombiano deixou recentemente a seleção depois do fracasso nas Eliminatórias para a Copa de 2022.

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Marcos Paulo Lima

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