Após dois anos de jejum, a final do Campeonato do Distrito Federal voltará a ser disputada no Mané Garrincha em 2024. Pelo menos esse é o desejo do patrocinador e dos organizadores da competição doméstica. O blog apurou que a Federação de Futebol do DF e a Arena BSB, concessionária responsável pela gestão do estádio, têm conversas avançadas e datas reservadas para os fins de semana de 30 ou 31 de março; e 6 ou 7 de abril para abrigar os jogos de ida e volta da decisão do Candangão.
A opção pela principal arena da capital atende a uma sugestão do financiador da competição devido ao conforto, a valorização e o marketing do produto. O BRB adquiriu os naming rights do torneio por R$ 2 milhões. Do montante, R$ 1,5 milhão será destinado às premiações ao campeão (R$ 1 milhão), vice (R$ 300 mil) e terceiro (R$ 200 mil). Portanto, uma questão de negócio. O banco estatal não curte a ideia de jogo com torcida única ou sem público e considera o Mané Garrincha a escolha mais segura para a decisão.
A questão é saber se, do ponto de vista esportivo, todos os candidatos ao título concordarão com os dois jogos no Mané Garrincha. Ao contrário das edições anteriores, o mando de campo nas finais é dos clubes, não mais da federação. Apesar disso, a entidade tem poder de veto.
Ceilândia, Gama e Capital fazem dos respectivos estádios caldeirão. Líder na média de público neste Candangão, o Gama leva 3.898 pagantes por jogo ao Bezerrão. O Alviverde acumula quatro vitórias e um empate na casa própria. Em 2020, o primeiro jogo da decisão foi no Mané Garrincha e o segundo, no Bezerrão. Eram tempos de pandemia. As duas partidas aconteceram com portões fechados.
Primeiro colocado geral na fase classificatória, o Capital tem a segunda melhor média de público do campeonato. São 1.443 pagantes por partida no estádio Juscelino Kubitschek, no Paranoá. O Brasiliense é o quarto colocado no ranking com 485 torcedores em média no Serejão, em Taguatinga; e o Ceilândia, o quinto (412).
O Mané Garrincha ainda nào recebeu jogos na primeira fase nesta temporada. Todas as 45 partidas foram de disputadas longe da arena cinquentona. Não houve jogo na arena nem mesmo no último domingo, quando o estádio completou Jubileu de Ouro do primeiro jogo, a vitória do Corinthians por 2 x 1 contra o Ceub, em 10 de março de 1974.
No ano passado, o Real Brasília conquistou o título no Defelê, na Vila Planalto. O jogo de ida rolou no Serejão, em Taguatinga. Na temporada de 2022, o Abadião recebeu as duas partidas. A última finalíssima no Mané Garrincha aconteceu em 2021. O Brasiliense levou a taça ao derrotar o Ceilândia por 1 x 0.
Enquanto o Candangão pega senha e aguarda na fila para realizar jogo no Mané Garrincha, o estádio sediou jogos de quatro times de fora do quadradinho. O Bangu recebeu o Vasco. O Itabirito duelou com o Atlético pelo Mineiro. A Inter de Limeira locou o estádio para enfrentar o São Paulo. Nesta quarta, o Nova Iguaçu medirá força com o Internacional no Mané Garrincha pela segunda fase da Copa do Brasil.
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