Ex-auxiliar de Lisca, Ricardo Colbachini será o técnico do Gama na Série D do Brasileirão

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A diretoria do Gama e seus novos parceiros devem negar, mas o blog apurou na noite desta segunda-feira que Ricardo Colbachini será o técnico alviverde na Série D do Campeonato Brasileiro. Ele assumirá a vaga de Victor Santana, demitido no domingo. Classificado para o torneio nacional como campeão candango de 2020, o time estreará no próximo dia 5 contra o Jaraguá, às 16h, no município goiano. Os outros concorrentes na chave são: Aparecidense-GO, Goianésia-GO, Jaraguá-GO, Nova Mutum-MT, Porto Velho-RO, União Rondonópolis-MT e Brasiliense ou Real Ariquemes-RO. O novo dono da prancheta será oficializados nos próximos dias.

Ex-assistente de Lisca “doido”, e com passagem pelo comando do time principal do Internacional, em 2019, como treinador interino em três jogos na transição do demitido Odair Hellmann para o contratado Zé Ricardo, o gaúcho de Caxias do Sul é jovem, tem 36 anos, e tem experiência na quarta divisão. Liderou o Pelotas fase de grupos do ano passado em uma chave difícil. A equipe terminou em quinto, uma posição abaixo do G-4, atrás de Novorizontino, São Luiz, Caxias e Marcílio Dias. Joinville, Tubarão e São Caetano eram os outros concorrentes.

Colbachini tem uma carreira precoce. Quando tinha 29 anos, colecionava 10 títulos como treinador da base do Internacional. Em 2011, comandou o Caxias na Copa do Brasil contra o Botafogo-PB, aos 26 anos. Fez estágio no Boca Juniors e decidiu ser técnico influenciado por jogos virtuais como Elifoot, Pro Evolution Soccer (PES) e Football Manager. Desistiu de ser jogador, mas não do futebol. Formado em educação física, é treinadores desde os 17 anos, quando teve experiência no sub-10 das divisões de formação, uma espécie de escolinha do Juventude.

“Joguei bastante jogo de videogame, Super Star Soccer. Joguei o PES também, aqueles que permitem mudar os sistemas táticos. Gostava de jogar o Elifoot, mas ali era mais o resultado. Eu joguei, mas pouco, o Football Manager e o Championship Manager. Era mais no final do colégio. Lembro-me bem do Elifoot, tu contratavas jogadores. Não sei se dá algum ganho, mas serve como diversão mesmo. Ali você começa a interagir de forma até divertida com o cenário. O campo traz situações bem diferentes daquilo, não contribuiu diretamente para minha formação. Só que sempre agrega, sempre tem uma relação. É uma contribuição pequena, distinta” contou numa entrevista ao colega Jeremias Wernek ao UOL, em 2014.

Último trabalho de Colbachini foi no Pelotas: deixou o clube em março. Foto: Tales Leal / EC Pelotas

Em um dos primeiros grandes desafios da carreira, levou o Caxias à vitória sobre o Botafogo-PB por 3 x 1, pela segunda fase. Um dos mentores de Colbachini, Lisca havia sido demitido. Ele arrancou, ainda, empate por 3 x 3 com o Internacional, de Celso Roth, no Estádio Centenário, pelo Gaúcho. O sucesso fez com que ele voltasse a trabalhar com Lisca no Juventude e depois nas categorias de base do Internacional.

Um jogador que trabalhou sob o comando de Colbachini confirmou ao blog o que Lisca costuma dizer sobre o xodó: é um treinador moderno, extremamente responsável, com domínio do vestiário e bom tanto na teoria quanto na prática.

Colbachini foi o técnico do Internacional na conquista de duas edições do Brasileirão de Aspirantes (2017 e 2019). A segunda contra o arquirrival Grêmio. Foi o mentor daquela equipe campeã. Só não participou da última partida porque foi chamado às pressas para comandar a equipe principal depois da saída de Odair Hellmann, em outubro daquela temporada. Sob o comando dele, o colorado empatou com o Santos (0 x 0), venceu o Avaí (2 x 0) e perdeu para o Vasco (1 x 0). Zé Ricardo assumiu.

O Gama tem tradição de pinçar técnicos na Região Sul. Neste século, treinadores como Alexi Stival, o Cuca, Caio Júnior, Cristiano Baggio e mais atrás Cláudio Duarte tiveram boas passagens pelo clube.

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Marcos Paulo Lima

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