Faltam quatro meses para o início do Candangão 2026, mas os clubes do Distrito Federal se movimentam no mercado na montagem das comissões técnicas e dos elencos para a nova temporada. Depois de o atual campeão, Gama, acertar a permanência do técnico Luis Carlos Souza, o Brasiliense anunciou a contratação de Lúcio Flávio.
Aos 46 anos, o ex-meia formado pelo Paraná e com passagem por Internacional, São Paulo, Coritiba, Atlético-MG, São Caetano, Botafogo, Santos, entre outros trocou o Aparecidense pela primeira experiência no futebol do Distrito Federal.
A carreira como técnico começou em 2018 na função de auxiliar no Paraná e depois no período de assistente — e treinador efetivado — do Botafogo de 2020 a 2023 depois da demissão do profissional português Bruno Lage.
No bate-papo a seguir com o blog, Lúcio Flávio fala por que topou o desafio, estabelece a presença na final do Candangão 2026 como prioridade, projeta como pretender ver o time jogar e cita Alexi Stival, o Cuca, como uma das inspirações na curta carreira como treinador.
Como foi receber esse convite e assumir o desafio de comandar o Brasiliense em 2026?
Eu fiquei feliz por ter sido procurado para fazer parte de um trabalho no Brasiliense. Isso é fruto do que aconteceu ao longo desse ano no Aparecidense. Sei do desafio, até pelos dois últimos anos do Brasiliense sem chegar até a final do Campeonato do Distrito Federal e ficado distante de competições nacionais. A gente vai começar um trabalho buscando especialmente esse primeiro objetivo de formar um grupo qualificado, com a responsabilidade de saber a prioridade do clube, que é voltar a decidir o Candango e briga por competições nacionais mais para a frente.
Você enfrentou o Brasiliense algumas vezes como jogador. Quais são as lembranças?
Como jogador, não lembro quantas vezes enfrentei o Brasiliense, mas óbvio que eu lembro daquele momento muito bom na final da Copa do Brasil. Eu encaro como um desafio importante para mim porque eu sei que é um clube de notoriedade grande no Distrito Federal e que precisa retomar isso em nível nacional. Temos observado alguns clubes aparecendo no cenário nacional e o Brasiliense precisa retomar isso.
Como você projeta o Brasiliense taticamente?
Eu primeiro procuro conhecer bem o elenco, saber as características dos jogadores que eu tenho. Gosto de fazer com que a minha equipe tenha condição de controlar o jogo. A proposta de ter a bola, saber os momentos de atacar o adversário, uma situação que eu busco muito nas equipes por onde eu trabalho.
Quais treinadores são as suas inspirações? Você faz parte, por exemplo, de um belíssimo Botafogo comandado pelo Cuca em 2007 e em 2008.
Alguns treinadores, até por ter trabalhado junto, são inspirações. O Cuca, o Dado Cavalcante, o Enderson Moreira. São treinadores em quem eu procurei inspiração na forma de trabalho e procuro trazer para mim, respeitando as características dos jogadores.
Por falar no Botafogo, você foi técnico do time em um trecho na temporada de 2023. Quais foram os aprendizados naquele período?
Valiosos. Aprendi muitas coisas naquele período. Lições tiramos em todas as fases da vida.
O Distrito Federal não tem representante na Série C desde 2013. O futebol local vai para a 13ª temporada atolado na Série D. Há explicação para uma das cidades mais ricas do país passar por essa seca depois de ter o Gama na elite de 1999 a 2002 e o Brasiliense em 2005?
Essa é uma ótima pergunta. Qual é o motivo? Podemos ver alguns como: gestões, estruturas, capacidade financeira… O futebol evoluiu e quem não acompanhou essa visão ficou para trás. E pode ter ocorrido isso no Distrito Federal.
O amigo e ex-parceiro de Botafogo Túlio Lustosa vai ser o seu guia turístico em Brasília?
Como o Túlio está em Goiânia, vai ficar difícil, mas tenho outro conhecido que mora aí, e certamente me levará também, pois não conheço nada de Brasília.
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