Entrevista: Godofredo Gonçalves explica evolução da Super Copa Capital

Publicado em Esporte
Godofredo Gonçalves, criador do torneio sub-17 disputado no DF. Foto: Ádamo Araújo/Capital Saf

 

O Distrito Federal recebe desde o último domingo a Super Copa Capital Sub-17. O torneio para talentos nascidos em 2007 e 2008 entra neste sábado na fase eliminatória. O Corinthians terá pela frente o Bahia nas quartas de final, às 10h. À tarde, o Atlético-MG terá pela frente o Atlético-GO. Os dois confrontos serão disputados no Abadião, em Ceilândia. No domingo, o Santos medirá forças com o Goiás. O Fortaleza encara o Athletco-PR.

 

Organizador do torneio, o presidente do Capital, Godofredo Gonçalves, conta em entrevista ao blog como criou a competição e projeta o crescimento em 2025. Eram oito participantes no ano passado. São 16 em 2024. A meta é dobrar para 32 em 2025 e inserir a competição no calendário das torneis de divisões de base da CBF no lugar deixado pela tradicional Copa Belo Horizonte.

 

Como surgiu a ideia de criar a Super Copa Capital Sub-17?

A ideia surgiu pela necessidade de a gente ampliar o nível de competição dos nossos meninos. Temos os confrontos locais, mas não tínhamos uma competição que nós pudéssemos enfrentar os grandes times de fora de Brasília. Havia a Copa Belo Horizonte antes da pandemia, uma competição tradicional sub-17. Ela foi descontinuada depois da pandemia.

 

A ideia foi ocupar o vácuo deixado pela Copa BH…

Juntamos duas necessidades em uma: aproveitar o espaço deixado pela Copa BH e trazer times para que os nossos meninos possam enfrenta-los e ajudar o desenvolvimento. Criei a Super Copa Capital para preencher esse vácuo e aumentar o nível de competitividade dos times do DF. Enfrentamos o Botafogo no ano passado. Neste, temos três times do DF: Greval, Canaã e Capital.

 

A tendência é o torneio crescer e até fazer parte do calendário de base da CBF?

Hoje a gente tem a chancela da Federação de Futebol do Distrito Federal. No ano que vem a intenção é ter a chancela da CBF e entrar no calendário. Queremos institucionalizar a competição e os convites serão enviados para as federações. Elas vão indicar quem vai participar. Vamos fazer o convite por meio da nossa federação para ficar dentro das normativas da CBF para, muito provavelmente, no ano que vem, estar no calendário.

 

Assim como na primeira edição, o mês preferido para a disputa é dezembro?

A ideia é a Super Copa começar sempre em 1 de dezembro. O término depene da quantidade de times. Para 32, nós teremos que fazer as oitavas de final e terminaria em 14 de dezembro. A competição vai ter que ganhar mais datas.

 

A primeira edição começou com oito times. São 16 nesta e o dobro na próxima?

Estamos oferecendo uma estrutura bem legal, atraente. A competição fica muito boa com grandes times, grandes confrontos. As equipes querem participar. Fechamos as 16 vagas muito rapidamente. Surgiram outros clubes pedindo vaga. A FFDF foi interpelada pela CBF em um evento recente sobre mais vagas e a demanda é muito grande. A distribuição das 32 vagas será bastante rápida.

 

Quais estádios estão usando?

Estamos usando os estádios JK, Abadião, Bezerrão e o Centro de Capacitação Física dos Bombeiros, o Cecaf. Quatro campos muito bons. A final será no JK no próximo dia 12. Os gramados estão muito bons. O Abadião acabou de passar por reforma, o Bezerrão não tem o que se falar e o Cecaf é muito bom. O pessoal tem elogiado.

 

Pensa em premiação financeira nas próximas competição?

Nessa edição só temos premiação de troféus e medalhas. Vamos buscar uma parceria no próximo ano. É algo que estava dentro da minha cabeça. Queremos premiação para campeão e vice, algo assim.

 

A edição deste ano é para qual faixa etária?

Essa edição é para jogadores nascidos em 2007 e 2008, sub-`7. Muitos times levam jogadores para sub-17 para a Copa São Paulo de Futebol Júnior. Alguns disputarão com certeza.

 

Até que ponto esse evento influencia no plano do time profissional do Capital?

O Capital montou um time para buscar o acesso na Série C e o DF subir uma casinha, um degrau para voltarmos a ter um time em uma divisão superior do cenário nacional. A Super Copa vem para fortalecer a marca do Capital e gerar oportunidade para o Capital. Se a gente quer ter um projeto duradouro, a gente precisa ter receita. Uma das formas de receita é negociação de jogador. A Super Copa serve para sermos vitrine e fazermos bons negócios capazes de sustentar o Capital durante muito tempo.

 

Como funciona a logística do torneio?

Toda a despesa dentro de Brasília é nossa: alimentação, hospedagem, traslado, despesa de jogo, tudo é nosso. É como na Copinha, o clube participante é responsável somente por chegar em Brasília. Chegou, é recebido com ônibus, equipe, as credenciais, tudo.

 

Alguma ação especial para a final no próximo dia 12?

Queremos coloca mil, dois mil, três mil pessoas na final nos Estádio JK.

 

Twitter: @marcospaulolima

Instagram: @marcospaulolimadf

TikTok: @marcospaulolimadf