A informação é do empresário do novo volante do Flamengo, com quem falei na noite desta terça-feira: “Piris viaja amanhã (hoje) para o Rio de Janeiro e chega às 11h”, escreveu Isidro Giménez, em resposta por whatsApp ao blog. O jogador chega por US$ 2,5 milhões, bem menos do que os US$ 7 milhões exigidos pelo clube argentino para liberá-lo. O contrato terá duração de quatro anos. Tentei contato com o presidente do San Lorenzo, Matias Lammens, mas até a publicação deste post o dirigente não havia respondido.
O San Lorenzo não queria ceder na negociação com o Flamengo, mas pesou a vontade do jogador, que deixou claro para o clube o desejo de defender o Flamengo. Nascido em Ciudad des Este, na fronteira paranaense com o Brasil, Robert Ayrton Piris da Motta Mendoza tem 24 anos e estava no San Lorenzo desde 2017. Antes, passou pelo Rubio Ñu e pelo tradicional Olimpia, onde foi campeão do Torneio Clausura de 2015 sob o comando do técnico Francisco Arce — ex-lateral-direito do Grêmio e do Palmeiras —, ao derrotar o Cerro Porteño por 2 x 1. Piris entrou no segundo tempo no lugar de Claudio Vargas.
O volante, que tem características parecidas com a do colombiano Cuéllar, disputou o Mundial Sub-20 de 2013, na Turquia. Vestia a camisa 15 da seleção. O Paraguai terminou em segundo lugar no Grupo D, atrás apenas da Grécia, e eliminou México e Mali. Nas oitavas de final, caiu diante da sensação Iraque, quarta colocada na competição. No mesmo ano, ajudou o Paraguai a ser vice-campeão do Sul-Americano Sub-20. Jogadores rubro-negros como Adryan, Samir e Mattheus participaram daquela competição em que o Brasil foi eliminado na primeira fase.
Em 2016, Piris participou da Copa América Centenário, nos Estados Unidos, sob o comando do técnico argentino Ramón Díaz.
Um colega paraguaio elogiou o talento de Piris para cobrir espaços e diz que ele tem um pulmão fora de série para correr durante os 90 minutos. O volante é fã de tatuagens. Uma delas é o rosto do avô dele, que morreu. Também exibe no corpo o nome dos pais.