Em entrevista ao Marca, Bebeto diz por que não trocou La Coruña pelo Barça, lembra trote de Romário em Ronaldo e compara Casemiro a Mauro Silva

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Há 20 anos, Bebeto deixava o La Coruña, da Espanha
Em entrevista ao Marca, Bebeto lembra que, há 20 anos, deixava o La Coruña

O tetracampeão Bebeto dá uma entrevista divertida na edição desta quarta-feira do diário esportivo Marca. Como faz 20 anos que o atacante deixou o La Coruña, o colega espanhol Sergio Fernández bateu um papo bacana com o jogador campeão da Copa do Rei (1995) e da Supercopa da Espanha (1997) de 1992 a 1996, período em que defendeu o clube.

Bebeto fala, por exemplo, da parceria com Romário. Sem modéstia, afirma que foi uma das melhores duplas de ataque do mundo. Na minha opinião, foi mesmo. Ele recorda que não ficavam no mesmo quarto na concentração. Lembra que o Baixinho e Dunga dividiam apartamento e que ele ocupava o mesmo aposento de Leonardo.

Uma das histórias mais divertidas contadas por Bebeto é sobre Ronaldo. O Fenômeno tinha 17 anos na Copa de 1994 e era alvo das pegadinhas de Romário. “O Romário dizia: ‘menino, traz um café pra mim'”. O pobrezinho ia e eu sempre dizia: ‘Ronaldo, não, é uma brincadeira, um trote. Nós caíamos na gargalhada”, relata Bebeto.

Bebeto elogia Casemiro e diz que o volante do Real Madrid lembra o camisa 5 da Seleção Brasileira na Copa de 1994. “Ele me lembra o Mauro Silva. É muito bom, forte e poderoso. Eu o conheci pessoalmente em São Paulo e pressenti que ele seria um grande jogador. No Porto, ele mostrou o que poderia ser no Real Madrid, onde é imprescindível”.

Bebeto relata, ainda, que quase foi contratado pelo Barcelona, onde Romário brilhava à época. “Eu quase fechei com o Barcelona em uma ocasião. Estive muito perto de assinar contrato. Aí, sabe o que dizia o (Augusto César) Lendoiro (presidente do La Coruña)? ‘Se eu vender você, eu terei de ir embora da Espanha. Não vou poder sair na rua'”. No fim, eu fiquei e não houve problema nenhum”, conta.

O atacante conta, ainda, que jogava sem preocupação com a marcação na conquista do tetra. “Em 1994, se alguém quisesse fazer gol na gente, tinha passar por Dunga, Mazinho, Mauro Silva, Branco, Aldair, Márcio Santos, Cafu, Leonardo. Com eles lá atrás, eu poderia pensar somente em fazer gol”.