Na Colômbia em que a luta o aguarda?
Eleito personalidade do esporte no ano pela revista Isto É, Luiz Felipe Scolari preteriu a festa da CBF na noite desta segunda. Pode fazer o mesmo com o Palmeiras nos próximos dias. Conversei com alguns figurões do Brasil e da Colômbia sobre o suposto interesse na contratação dele para ocupar o cargo deixado pelo argentino José Pékerman. Não é a primeira tentativa. Asprilla já foi porta-voz de uma oferta para Felipão quando ele estava de saída de Portugal. Um dos emissãorios da vez é Borja. O interesse da Federação Colombiana de Futebol voltou. Porém, há outros currículos em análise. A administração do presidente Ramón Jesurún também flerta com o português Carlos Queiroz, que comandou o Irã nas Copas de 2014 e 2018; e monitora a situação de Reinaldo Rueda no Chile. O ex-técnico do Flamengo não está entusiasmado por lá. A eleição na Associação Chilena pode mudar os rumos. Os maiores projetos de Felipão em 2019 são levar o Palmeiras ao título do Paulistão, que ele jamais conquistou, e ao Mundial de Clubes, que ele e o Palmeiras não têm. Disputar a Copa América do ano que vem pela Colômbia, no Brasil, e se possível faturá-la, é um desafio. Desafios nada desprezíveis tendo nas mãos talentos como James, Cuadrado, Falcao García, Ospina, por exemplo. A ver…
Um desgosto profundo
Sessenta e dois mil novecentos e noventa e quatro torcedores tiraram dinheiro do mês, da ceia do Natal, do presente da família, para ver o Flamengo protagonizar mais um papelão no Maracanã. Há quem defenda que o jogo não valia nada. Valia, sim. O respeito a quem colocou a mão no bolso o ano inteiro, deu ao clube a média de 47.139 pagantes por partida e termina a temporada sem título. A contar de 1971, o Flamengo jamais havia sido vice no Brasileirão. A contar de 1959, a última vez havia sido em 1964. Derrota para o Santos de Pelé.
Não custa nada
A temporada termina permitindo a Porto Alegre, Belo Horizonte e São Paulo sonhar, em 2019, com a repetição do que fez Buenos Aires em 2018. Imagina uma final da Libertadores, no Estádio Nacional, em Santiago, no Chile, entre Grêmio e Internacional. Ou uma decisão Cruzeiro x Atlético. Quem sabe, Palmeiras x São Paulo. Primeiro, a Libertadores deste ano tem que acabar. O sucesso de Boca Junior e River Plate (em campo) serve de inspiração. Fora das quatro linhas, não! Ah, Atlético-MG e São Paulo precisam entrar na fase de grupos.
Grandes coisas
Em 16 anos de pontos corridos, apenas seis edições tiveram todos os chamados grandes juntos na primeira divisão. Com as permanências de Fluminense e Vasco na elite, a de 2019 será a sétima. Foi assim em 2004, 2007, 2010, 2011, 2012 e 2018. Mais uma prova do quanto isso é raro. A primeira edição dos pontos corridos começou com ausências. Botafogo e Palmeiras haviam sido rebaixados em 2002. Quando o novo sistema de disputa estreava, ambos participavam da Série B. A primeira vez que o atual formato reuniu o G-12 foi em 2004.
Príncipe Adam
Rafael Moura tem o apelido de He-Man, mas o retrospecto do centroavante na Série A mostra que o centroavante está mais para Príncipe Adam. Sem os superpoderes do desenho animado, é um reles mortal capaz de ser o recordista de rebaixamentos na era dos pontos corridos. Caiu para a segunda divisão com Vitória (2004), Paysandu (2005), Goiás (2010), Figueirense (2016) e América-MG (2018). Maldição à parte, Rafael Moura tem 77 gols na história do Brasileirão. Portanto, achei no mínimo estranho ele não ter assumido a responsabilidade de cobrar o pênalti que poderia ter mudado a sorte do América-MG neste Brasileirão.
Estado sustentável
Na era dos pontos corridos, Santa Catarina teve pelo menos um representante em todas as edições do Brasileirão. Nesta temporada, a Chapecoense evitou o rebaixamento e ganhou a companhia do Avaí, que está de volta à elite. Vale lembrar que, em 2015, o estado teve mais time do que o tradicional Rio de Janeiro na Série A: Avaí, Chapecoense, Figueirense e Joinville. Naquele ano, o Botafogo disputava a Série B. Flamengo, Fluminense e Vasco eram os cariocas.
Campeões instáveis
A era dos pontos corridos ainda não conseguiu reunir todos os 17 campeões brasileiros na primeira divisão. Para variar, não será assim também em 2019. Rebaixado, o Sport disputará a Série B em 2019. Coritiba e Guarani ficaram por lá. E olha que Fluminense e Vasco estiveram à beira do penhasco neste Campeonato Brasileiro. O time cruz-matlino até o último segundo.
Perguntar não ofende
Gabriel Barbosa, o Gabigol, fracassou na primeira passagem pelo Fortaleza. Teve um desempenho pior ainda no Benfica. Retornou ao futebol brasileiro e termina a temporada como artilheiro da Série A (18 gols) e um dos três goleadores da Copa do Brasil, ao lado de Neilton (Vitória) e de Rômulo (Avaí). O nível de Gabigol é muito baixo para os padrões europeus ou alto demais para o cego futebol brasileiro, onde quem tem um olho é rei?
Ele é ruim?
O técnico espanhol Unai Emery foi criticado no Paris Saint-Germain por ter sofrido virada do Barcelona de Messi, Neymar, Luis Suárez — e do árbitro alemão Deniz Aytekin — nas oitavas de final da Libertadores de 2017. Unai Emery foi detonado no PSG pela falta de pulso para administrar as vaidades dos astros Cavani e Neymar. Unai Emery faz bom trabalho no Arsenal. A prova recente é o triunfo por 4 x 2 sobre o arquirrival Tottenham, no último domingo, pelo Campeonato Inglês. Não perde há 19 jogos. A última derrota foi em 18 de agosto. Os Gunners estão no G-4 na primeira temporada pós-Arsène Wenger, que ocupou o cargo por 22 anns. Não é pouco. O cara é tri da Europa League e empilhou títulos no futebol francês. Ele é ruim?
Continuo discordando
Modric melhor jogador da Copa da Rússia até daria para engolir. Melhor do mundo, não mesmo. Escrevi aqui no blog mais de uma vez sobre isso ao longo do segundo semestre. Cristiano Ronaldo foi o número 1 em 2018. Carregou o Real Madrid nas costas ao tri, brilhou enquanto foi possível no Mundial, com a limitada seleção de Portugal. Fez três gols contra a Espanha. Repito: contra a Espanha. Sem contar aquela bicicleta histórica contra a Juventus, em Turim, numa fase de mata-mata da Champions League. Ah, no goleiro Buffon! Afinal, o número 1 do mundo é do Real Madrid ou do Barcelona desde 2009. Modric mantém o script.
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