Dudu Dudu foi o cara das vitórias sobre o Flamengo e o Santos. Dudu foi o cara das vitórias sobre o Flamengo e o Santos. Foto: César Greco/Palmeiras

É hora da resenha: 10 pitacos sobre o que rolou no futebol brasileiro e internacional no fim de semana

Publicado em Esporte

Artilheiro pra quê?
Levando em conta a canetada do ex-presidente da CBF, Ricardo Teixeira, ao oficializar os títulos da Taça Brasil e do Torneio Roberto Gomes Pedrosa como pioneiros do Campeonato Brasileiro, que começou a partir de 1971, o Palmeiras está a caminho do 12º título. Em apenas um deles, o alviverde conquistou a taça e teve o artilheiro da competição. César Maluco conseguiu o feito no Robertão de 1967. O time atual também tem um maluco, o Deyverson, e o tímido Borja. Porém, nenhum dos dois alcançará o goleador Gabriel Barbosa, com 16 gols.

 

Cheios de não me toque
Quando Flamengo e São Paulo disputavam a liderança, Raí lançou desconfiança sobre a arbitragem. Quando Flamengo e Palmeiras brigavam pelo topo, o falastrão Alexandre Mattos colocou o apito na berlinda. Quando o Inter se achou prejudicado pelo pênalti a favor do Vasco, e mandou entregar a taça para o vencedor entre Flamengo e Palmeiras, o presidente colorado deu piti. Agora, é a vez do cartola do Palmeiras dizer que o time gaúcho é o mais favorecido pelo apito. Resumindo: o problema é realmente só a arbitragem?

 

Por mais D’Alessandros
Pênalti polêmico à parte na virada do Internacional contra o Atlético-PR, o meia argentino D’Alessandro é o jogador que falta praticamente em todos os times brasileiros. Aquele cara que pede a bola e assume a responsabilidade nos momentos de tensão. Amarelar não é com ele. Um veterano como o gringo faz toda a diferença num elenco. Diego Souza foi um pouco disso quando o São Paulo liderava. Diego não, no Flamengo. Felipe Melo faz isso no Palmeiras, mas quase sempre passa do limite. Por mais D’Alessandros no futebol brasileiro.

 

Mais na pobreza do que na riqueza
O Flamengo virou rico a partir de 2015, mas, ao que parece, o time vencedor que será lembrado nos seis anos de mandato da era Eduardo Bandeira de Mello é o pobre: Felipe; Leonardo Moura, Chicão, Wallace e André Santos; Amaral, Elias, Luiz Antônio e Carlos Eduardo; Paulinho e Hernane. Técnico: Jayme de Almeida. Com a distância de seis pontos para o Palmeiras, aquela equipe humilde campeã da Copa do Brasil de 2013 é a que mais representou a torcida nesse período de vacas magras na sala de troféus rubro-negra.

 

A rodada dos xerifes
O gol do Pedro Geromel no sábado iniciou a série de gols decisivos dos zagueiros no fim de semana. O beque deu a vitória ao Grêmio contra o Atlético-MG, no Independência, em Belo Horizonte. Horas depois, foi a vez de Edu Dracena abrir o caminho para o Palmeiras na vitória sobre o Santos. E no domingo, Rodrigo Moledo foi herói e vilão na virada do Internacional. A bola bateu nele no gol do Furacão, mas ele foi lá na frente na cobrança do escanteio e comandou a reação colorada no Beira-Rio.

 

Cabeça longe
Lucas Paquetá foi vendido ao Milan e passou a jogar de forma econômica no Flamengo. Ao que parece, está se poupando para chegar voando ao clube italiano. O mercado também mexeu com a cabeça do goleiro Vanderlei, do Santos. O suposto interesse do São Paulo certamente tirou a concentração da muralha do Peixe no lance decisivo do clássico do último sábado. Daqui em diante, será assim. A temporada de caça aos reforços mexerá com a cabeça do jogador do seu time. Quem não tiver controle emocional vai ser dar mal.

 

Choque de realidade
De vez em quando, é bom lembrar quem foi campeão estadual e comparar com a posição na classificação do Brasileirão. Sabe o Corinthians? É o 12º. O Botafogo, da “épica” vitória sobre o campeão paulista, fez festa para o 14º lugar. O Atlético-MG faz uma temporada pífia, em sexto. O Bahia é 11º. Derrotado pelo Sport nesta segunda-feira, o Ceará briga para não cair. Há exceções. Levando em conta que o Grêmio brigava até outro dia pelos títulos da Copa do Brasil e da Libertadores, o quinto lugar está de bom tamanho.

 

Agora só falta o Ceará!
Escrevi aqui na semana passada. O futebol cearense não tem dois representantes na primeira divisão desde 1984, quando Fortaleza e Ferroviário representaram o estado. O tabu está muito perto de cair, principalmente, depois do acesso do Fortaleza no último sábado. O tricolor está garantido na elite e tem tudo para ser campeão da Série B. Ceará e Fortaleza não disputam a Série A ao mesmo tempo desde 1979. O Ferroviário também participou daquela edição, ou seja, o estado do Ceará contou com três representantes.

 

Geração 2000
Vinicius Junior, de 18 anos, praticamente desatou os nós no Santiago Bernabéu para a vitória do Real Madrid sobre o Valladolid pelo Campeonato Espanhol. Helinho, que ganhou a vaga dele quando o Flamengo vetou a convocação da Seleção Brasileira para o Mundial Sub-17 na Índia, marcou aquele golaço contra o Flamengo, no Morumbi. Mas nenhum deles superou o surpreendente Fernando Ovelar. Balançar a rede aos 14 anos no maior clássico do futebol paraguaio é digno de aplausos. Foi sensacional!

 

Novo técnico do Gama
Campeão brasileiro em 1981 pelo Grêmio; paulista pelo São Paulo (1980) e Gaúcho (1984) com a camisa do Internacional; o ex-meia Vilson Taddei, de 64 anos, será o técnico do Gama no Campeonato Candango de 2019. Ele comandou o Olímpia na Copa Paulista e foi eliminado neste domingo pelo Atibaia, nas quartas de final. Os principais títulos como treinador são a Série B1 pelo Monte Azul (2004) e a Série A2 pelo Linense (2010). Por falar no Candangão, a Federação de Futebol do Distrito Federal deu o pontapé inicial nesta segunda-feira para o Campeonato Candango de 2019. O torneio da capital, que não tem representante nas Séries A, B e C do Campeonato Brasileiro, será disputado de 26 de janeiro a 20 de abril. Sobradinho e Brasiliense jogarão a Copa Verde e a quarta divisão em 2019.

Primeira rodada
Sobradinho x Capital
Formosa x Taguatinga
Gama x Bolamense
Luziânia x Paracatu
Brasiliense x Santa Maria
Ceilândia x Real

 

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