Dos seis jogos de Luis Suárez em competições sul-americanas de clubes, três foram contra o Inter

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Apresentado nesta quarta-feira pelo Grêmio, o reforço mais badalado deste início de ano no futebol brasileiro tem uma rivalidade antiga com o arquirrival tricolor. O centroavante Luis Suárez, de 35 anos, jogou apenas seis partidas de torneios de clubes organizados pela Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol). Metade delas contra o Internacional.

Em 2006, o Nacional do Uruguai estava no Grupo 6 da Copa Libertadores da América. Um dos adversários era justamente o Internacional. Luis Suárez iniciou a partida no Estádio Parque Central sentadinho no banco de reservas até os 20 minutos do segundo tempo, quando o técnico Martín Lasarte o colocou em campo de Carlos Juárez. Suárez não evitou o 0 x 0.

Nacional e Inter voltaram a se encontrar nas oitavas de final. Luis Suárez novamente era opção no banco de reservas. Entrou novamente durante o jogo, aos 27 minutos do segundo tempo no lugar do zagueiro Sebastián Vásquez. Havia batido o desespero no time uruguaio. Pouco antes, Wilson Rentería havia virado o duelo de ida para a equipe gaúcha por 2 x 1.

O triunfo fora de casa deu vantagem ao Internacional para o duelo de volta, no Beira-Rio. A obrigação de vencer fez finalmente com que Martín Lasarte iniciasse a partida com Luis Suárez entre os titulares no ataque. O máximo que o centroavante conseguiu foi receber um cartão amarelo. A trupe de Abel Braga administrou o empate por 0 x 0 e avançou não somente às quartas de final, mas rumo ao título inédito naquela temporada da Libertadores.

Luis Suárez disputou outros três jogos válidos por competições continentais da Conmebol. Em 2005, entrou em campo contra o Junior Barranquilla na derrota por 3 x 2, na Colômbia, pela Libertadores. No ano passado, enfrentou o Atlético-GO duas vezes na Copa Sul-Americana.

Do ponto de vista da grife, a contratação de Luis Suárez é um gol de placa do Grêmio. O nível técnico do reforço é inquestionável. Resta saber se ele conseguirá entregar o que se espera. Há indicadores que sim e não no futebol brasileiro. Hulk, por exemplo, adaptou-se rapidamente ao futebol brasileiro e fez uma temporada extraordinária pelo Atlético-MG em 2021. Foi simplesmente o nome do Triplete do Galo naquela temporada. O argentino Calleri demorou a engrenar, mas fez uma temporada razoável com a camisa do São Paulo em 2022.

Diego Costa é um contraponto. Assim como Luis Suárez, fez um sucesso danado em La Liga, o Campeonato Espanhol. No entanto, o hispano-brasileiro teve dificuldade para se encaixar em um Atlético-MG engrenado sob a batuta de Cuca, começou a se distanciar do clube até que finalmente pediu para deixá-lo. Foi uma das decepções recentes no futebol brasileiro. Há também os casos do atacante marfinense Salomon Kalou e do meia japonês Keisuke Honda no Botafogo. Ambos desembarcaram no Brasil gerando expectativa. No fim, não deu liga.

Luis Suárez é diferenciado. Ganhou pelo menos um título em todos os clubes por onde passou. Brindou a seleção do Uruguai com a conquista da Copa América em 2011. Levou o Atlético de Madrid à conquista do Campeonato Espanhol em 2020/2021. O tempo passou, claro, mas nunca se deve menosprezar a capacidade de quem foi artilheiro do Campeonato Holandês na temporada 2009/2010 com 35 gols; do Inglês em 2013/2014 com 31; e do Espanhol em 2015/2016 pelo Barcelona atuando ao lado de Lionel Messi e Neymar. Respeito é bom.

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Marcos Paulo Lima

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