Dois técnicos do Candangão estão no grupo de risco da covid-19; saiba o posicionamento deles sobre a possível retomada do futebol no DF

Compartilhe

Dois dos oito treinadores classificados para as quartas de final do Candangão estão no grupo de risco da covid-19. O blog levantou a idade dos treinadores do Gama, Brasiliense, Real Brasília, Formosa, Taguatinga, Capital, Luziânia e Sobradinho. A média é de 56 anos. Vilson Taddei (Gama), 66, e Sebastião Rocha (Luziânia), 65, estão na faixa etária dos profissionais protegidos legalmente e devem trabalhar remotamente quando houver autorização para a retomada dos treinos e da competição. O torneio doméstico está paralisado desde a conclusão da última rodada da primeira fase, em 18 de março. Há um jogo pendente entre Gama e Real Brasília pela décima rodada e 14 confrontos (ida e volta) da etapa de mata-mata para a conclusão do torneio.

Enquanto os debates para a retomada do Candangão se aceleram, Vilson Tadei e Sebastião Rocha cumprem a quarentena, o isolamento social, e aguardam as sinalizações do Governo do Distrito Federal, da Federação e dos respectivos clubes para voltar ao batente. No que depender dos dois, eles irão a campo assim que todos os protocolos forem definidos pelos médicos. Uma comissão de médicos foi designada para confeccionar o manual sanitário para a volta do futebol na capital.

“Gozo de saúde perfeita. O futebol é onde menos se tem problema. O risco é na hora do gol, na hora da comemoração, quando o jogador extravasa. Mas isso aí é só cumprir o protocolo, realizar os testes. Se fosse para voltar amanhã não haveria problema nenhum para mim”, disse ao blog o atual campeão e líder do Candangão Vilson Tadei, o técnico mais velho do Candangão.

Sebastião Rocha classificou o Luziânia para as quartas. Aos 65 anos, ele também não teme a volta ao trabalho, desde que em segurança. “No momento em que você volte e cumpra todos os protocolos que estão sendo elaborados pela Federação e serão entregues aos órgãos competentes, e que esses órgãos nos liberem a fazer os nossos treinos, e consequentemente jogar, eu não vejo nenhum impedimento. Claro que guardando todas as restrições que esse momento nos pede para nós possamos ter esse tipo de comportamento. É claro que a gente não gostaria que fosse dessa maneira, mas, em algum momento, nós temos que pensar na volta segura do futebol como em todas as áreas”, diz o profissional.

“Se a curva epidemiológica estiver baixa e houver recomendação para pessoas de mais de 60 anos deixarem o isolamento social, elas poderão trabalhar tomando as devidas precauções, com máscaras. Mas enquanto não for liberada essa flexibilização, as pessoas com mais de 60 anos terão que trabalhar por videoconferência. No caso dos treinadores de futebol, passando as instruções para os auxiliares técnicos de menor idade, que fariam o trabalho de campo”

Jorge Pagura, presidente da Comissão Médica da CBF, em 3 de maio

Assim como Vilson Tadei, Sebastião Rocha se diz pronto para voltar a trabalhar assim que houver a liberação. “Sinto-me confortável para isso, desde que, deixo bem claro, todos os protocolos sejam cumpridos e que a gente consiga resolver da melhor maneira possível. Felizmente, pelo que tenho acompanhado no futebol europeu com portões fechados, voltaremos com todas as seguranças, e com todas as seguranças, não vejo nenhum problema que a gente possa voltar”.

Presidente da Comissão Médica da CBF, o neurocirurgião Jorge Pagura explicou recentemente ao blog do colega Maurício Noriega no globoesporte.com que “se a curva epidemiológica estiver baixa e houver recomendação para pessoas de mais de 60 anos deixarem o isolamento social, elas poderão trabalhar tomando as devidas precauções, com máscaras. Mas enquanto não for liberada essa flexibilização, as pessoas com mais de 60 anos terão que trabalhar por videoconferência”, explicou. “No caso dos treinadores de futebol, passando as instruções para os auxiliares técnicos de menor idade, que fariam o trabalho de campo”, afirmou Pagura.

O Distrito Federal passa por um momento contraditório. O GDF tem flexibilizado, mas o número de óbitos e infectados não para de aumentar. Reportagem do Correio Braziliense mostra que a quantidade de casos em junho subiu 723% em relação a maio. O novo mês está começando. O último boletim da Secretaria de Saúde aponta 196 óbitos e 16.623 contaminações. A situação em Ceilândia, por exemplo, é crítica.

Siga o blogueiro no Twitter: @mplimaDF

Siga o blogueiro no Instagram: @marcospaul0lima

Siga o blog no Facebook: https://www.facebook.com/dribledecorpo/

Marcos Paulo Lima

Posts recentes

  • Esporte

Nations League: Sorteio das quartas reedita três finais de Copa do Mundo

O sorteio das quartas de final da Nations League nessa sexta-feira, em Nyon, na Suíça,…

13 horas atrás
  • Esporte

Ronaldo Fenômeno articula candidatura à presidência da CBF em Brasília

Os movimentos de Ronaldo Nazário de Lima, o Ronaldo, são friamente calculados desde uma viagem…

1 dia atrás
  • Esporte

Técnica brasiliense Camilla Orlando ganha Candangão e Paulistão em 11 meses

Menos de um ano depois de levar o Real Brasília ao título do Campeonato Feminino…

2 dias atrás
  • Esporte

A fartura de talento da França e a precisão na “bola parada” contra a Itália

Atual vice-campeã mundial, a França é uma seleção sempre pronta para competir, mas não necessariamente…

5 dias atrás
  • Esporte

Santos volta com taça do purgatório pelo qual passaram potências europeias

O Santos não deve se ufanar de ter conquistado a Série B do Campeonato Brasileiro,…

6 dias atrás
  • Esporte

Candangão 2025 terá “boom” de sociedades anônimas do futebol na elite

O Candangão terá um boom de SAF’s em 2025. Dos 10 clubes candidatos ao título…

7 dias atrás