Do título de 2006 pelo Flamengo à final de 2022 pelo Corinthians: a longevidade do herói Renato Augusto

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Renato Augusto comemora o gol da classificação com a Fiel. Foto: Rodrigo Coca/Agência Corinthians

 

Autor de dois dos cinco gols da classificação do Corinthians para a final da Copa do Brasil no placar agregado da semifinal contra o Fluminense, o meia Renato Augusto é uma prova de longevidade no mata-mata nacional. Em 2006, o jovem revelado pelas divisões de base do Flamengo vestia a camisa 10 rubro-negra na decisão do título da Copa do Brasil contra o Vasco. Ajudou o clube que o revelou a conquistar o troféu e deslanchou na carreira com passagens pelo Bayer Leverkusen, da Alemanha, e a Seleção Brasileira. 

 

Dezesseis anos depois, Renato Augusto confirmou a presença do Timão na decisão com um chute de fora da área em seu melhor estilo: no canto do goleiro Fábio. O suficiente para soltar o grito de alegria do gogó da Fiel, na pulsante Neo Química Arena, em Itaquera. Por sinal, Fábio falhou no lance ao sair jogando da maneira que o técnico Fernando Diniz detesta, ou seja, na base do chutão. Substituto do insubstituível André (como fez falta), Wellington também deu bobeira no lance crucial que desequilibrou a partida.


Corinthians e Flamengo voltam a decidir um título depois de 31 anos. O único havia sido em 1991, na Supercopa do Brasil. Campeão brasileiro de 1990, o alvinegro paulista levou a taça por 1 x 0 contra o vencedor da Copa do Brasil em partida única disputada no Morumbi.

 

Renato Augusto tentará o bicampeonato pessoal contra o time que o revelou — e até tentou repatriá-lo na temporada passada. O craque preferiu retornar ao Corinthians a fazer parte do galático elenco do Flamengo. Não há certeza se ele faria diferença em um elenco tão sortido como o de Dorival Júnior. No de Vítor Pereira, ele é uma peça imprescindível. 

 

A qualidade do Corinthians é outra com Renato Augusto em campo. Segundo dados do Sofascore, o meia acertou 92,8% dos passes contra o Fluminense. Dois deles geraram perigo ao adversário. Finalizou um par de vezes contra a meta tricolor e acertou uma na rede. Recuperou a bola quatro vezes e quando foi desarmado 13 vezes havia chegado a hora de ser substituído. A classificação estava encaminhada e o Fluminense cada vez mais exposto aos contra-ataques. Giuliano e Felipe Melo (contra) ampliaram para 3 x 0.

 

Vítor Pereira faz uma temporada excepcional. Briga pelo G-4 desde o início do Brasileirão e até liderou a Série A. Caiu nas quartas de final da Libertadores contra o Flamengo, mas terá direito a uma revanche na decisão do segundo torneio mais importante do país. 

 

Semifinalista em 2020, quando comandava o São Paulo, Fernando Diniz bate novamente na trave. Há dois anos, caiu diante do Grêmio, de Renato Gaúcho. Dessa vez, foi vítima de erros fatais na saída de bola (com toque de bola e na base do chutão) no Maracanã e na Neo Química Arena; e da contundência do Corinthians, de Vítor Pereira, na excelente exibição na partida de volta.  

 

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