Thiago Neves site Thiago Neves é cobiçado pelo Grêmio, mas o Cruzeiro não abre mão do meia. Foto: Cruzeiro Thiago Neves é cobiçado pelo Grêmio, mas o Cruzeiro segura o meia.

Da Seleção Brasileira ao Cruzeiro: como Thiago Neves virou talismã de Mano Menezes nas decisões

Publicado em Esporte

Thiago Neves cobrou o pênalti decisivo do penta contra o Flamengo, em 2017. O meia também pode ter marcado o do hexa nesta quarta-feira, na vitória por 1 x 0 sobre o Corinthians no primeiro jogo da final da Copa do Brasil. Graças ao decisivo meia, o time celeste conseguiu a vantagem do empate par ao duelo da semana que vem, em Itaquera. O sucesso do camisa 30 no time mineiro tem muito a ver com a confiança de Mano Menezes no futebol dele. A admiração do técnico começou na Seleção Brasileira, há seis anos, com um gol que abriu caminho para título.

Vmos ao túnel do tempo. Voltemos a 2012. Mano Menezes era o técnico do Brasil. Divulgou a lista para o Superclássico das Américas diante da Argentina. Ele só podia chamar jogadores em atividade no país. Na lista estava Thiago Neves. Em 3 de outubro de 2012, Thiago Neves recebeu de Mano Menezes a camisa 10 para o duelo na cidade de Resistência. Thiago Neves atuaria como meia de ligação, atrás de Lucas Mouras e de Neymar. Atrás dele, três volantes: Ralf, Paulinho e Arouca, em um sistema tático 4-3-1-2. No entanto, um apagão na cidade argentina impediu a realização da partida.

Seria a primeira vez de Thiago Neves como titular. Na partida de ida, em Goiânia, o meia entrou no lugar de Jadson, outro jogador muito querido por Mano Menezes. Thiago Neves ganhava espaço no banco de resevas. Em um amistoso contra a Suécia, substituiu Hulk. Contra o Japão, entrou no lguar de Oscar durante a partida. No empate por 1 x 1 com a Colômbia, ganhou cartaz ao entrar no lugar de Kaká. Em 2011, teve a primeira oportunidade na Seleção Principal justamente sob a batuta de Mano Menezes. Até que finalmente chegou o dia de ser titular.

Em 21 de novembro de 2012, Mano Menezes praticamente repetiu o time que começaria a partida em Resistência. O local do Superclássico das Américas mudou para La Bombonera, a casa do Boca Juniors, em Buenos Aires. Thiago Neves vestiu a camisa 10 de Pelé no templo sagrado de Diego Maradona. Foi titular do início ao fim. E ganhou muitos pontos com Mano Menezes ao ajudá-lo a conquistar, nos pênaltis, o Superclássico das Américas. Thiago Neves abriu o placar para o Brasil, que venceu por 4 x 3 e calou La Bombonera.

Depois daquele jogo, o então presidente da CBF, José Maria Marin, decidiu demitir Mano Menezes. Levou Luiz Felipe Scolari ao cargo. O novo treinador da Seleção Brasileira ignorou o investimento de Mano em Thiago Neves. O meia, que havia feito bons trabalhos no Flamengo e no Fluminense, foi esquecido pela Seleção. Ficou fora da Copa do Mundo de 2014. Foi ganhar dinheiro no mundo árabe.

Mas Mano Menezes não se esqueceu de Thiago Neves. No ano passado, pediu a contratação do jogador ao então presidente Gilvan Tavares. Sabe tão bem o que deseja dele. A prova disso? Ambos podem ser campeões juntos pela quinta vez. Depois do gol de Thiago Neves naquele Superclássico das Américas; no título do Campeonato Mineiro deste ano na virada sobre o Atlético-MG; no penta na  Copa do Brasil (2017); e agora contra o Corinthians na caça ao hexa; o meia pavimentou o caminho para o hexa no mata-mata nacional. O talismã só não marcou no título do Superclássico das Américas de 2011. Também sob a batuta de Mano Menezes.

 

SELEÇÃO BRASILEIRA
Quando Thiago Neves começou a conquistar Mano Menezes

07/06/2011 – Brasil 1 x 0 Romênia (Amistoso)
Thiago Neves substitui Neymar no jogo da despedida de Romário.

19/09/2012 – Brasil 2 x 1 Argentina (Superclássicos das Américas)
Thiago Neves entra no lugar de Jadson

11/10/2012 – Brasil 6 x 0 Iraque (Amistoso)
Entra no lugar de Hulk durante a goleada

16/10/2012 – Brasil 4 x 0 Japão (Amistoso)
Entra no lugar de Oscar durante a partida

14/11/2012 – Brasil 1 x 1 Colômbia (Amistoso)
Entra no lugar de Kaká

21/11/2012 – Argentina 2 (3) x 1 (4) Brasil (Superclássico das Américas)
Titular do início ao fim, é decisivo nos pênaltis. Acerta a primeira cobrança em La Bombonera.

 

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