CBIFOT261120223591 De María e Messi: do bi olímpico na China e do tri da Copa do Catar. Foto: Odd Andersen/AFP De María e Messi: do bi olímpico na China e do tri da Copa do Catar. Foto: Odd Andersen/AFP

Do ouro olímpico em Pequim-08 ao tri na Copa do Qatar-22: o que Messi e Di María ensinam ao Brasil

Publicado em Esporte

O tricampeonato da Argentina teve a assinatura de dois heróis olímpicos. Di María sofreu o pênalti cobrado por Messi. Depois, fez o dele depois de receber assistência do camisa 10. Ambos resistiram bravamente. Estavam juntos na final dos Jogos Olímpicos de Pequim-2008, quando o iluminado Di María fez o gol do título contra a Nigéria aos 13 minutos do segundo tempo no Ninho dos Pássaros sob o comando de Sergio Batista. 

 

A perseverança dos heróis da resistência deve servir de exemplo para campeões olímpicos da Seleção Brasileira. Depois do ouro na China, ambos amargaram a eliminação contra a Alemanha nas quartas de final em 2010; o vice diante da Alemanha em 2014 e a eliminação diante da França em 2018. No meio do caminho, uma eliminação em casa nas quartas de final contra o Uruguai na Copa América de 2011; dois vices consecutivos diante do Chile no torneio continental em 2015 e 2016 e a queda contra o Brasil nas semifinais de 2019. A guinada começou na conquista por 1 x 0 contra a Seleção, no Maracanã, em 2021.

 

Eliminado nos pênaltis pela Croácia nas quartas de final, o Brasil tem sua geração dourada para continuar a batalha pelo hexa. O zagueiro Marquinhos e os atacantes Neymar e Gabriel Jesus fizeram parte da conquista da medalha de ouro nos Jogos do Rio-2016. Antony, Bruno Guimarães e Richarlison brilharam na campanha do bi em Tóquio-2020.

 

Messi e Di María foram diversas vezes os cacos juntados por técnicos como Diego Maradona, Sergio Batista, Alejandro Sabella, Gerardo “Tata” Martino, Jorge Sampaoli e Lionel Scaloni para recomeçar o sonho do tricampeonato. Demorou, mas corresponderam. 

 

Seja quem for o novo técnico da Seleção, recomenda-se olhar para o legado das duas medalhas douradas. Sim, nem tudo que reluz é ouro, mas há algo a ser reciclado em meio à coleta seletiva de lixo de uma campanha para outra. O caminho para o tri da Argentina começou a ser trilhado em Pequim-2008 e demorou 14 anos para se consumar na batalha épica do inesquecível 18 de dezembro de 2022 na final de todos os tempos, no Estádio Icônico de Lusail, no melhor estilo quem acredita sempre alcança, como diz um trecho da letra da canção “Mais uma vez”, uma composição de Renato Russo. 

 

Siga no Twitter: @marcospaulolima

Siga no Instagram: marcospaulolima