Foi no Camp Nou que o Manchester United virou uma final épica contra o Bayern de Munique nos acréscimos, em três minutos, em 1999. Perdia a decisão por 1 x 0 até os 90 minutos, gol de Basler. Mas Sheringham empatou aos 91. E Solskjaer virou aos 93.
Foi no Camp Nou, na mesma trave em que o Manchester United escreveu, para mim, a virada mais épica da história da Champions League — virou uma final nos últimos três minutos — que o Barcelona protagonizou nesta quarta-feira a maior virada da história da Champions League em número de gols também nos acréscimos. Há uma magia diferente nesse estádio chamado Camp Nou. O raio caiu duas vezes no mesmo lado do campo.
Houve incompetência do Paris Saint-Germain? Na minha opinião, sim! Houve apito amigo no Camp Nou? Também! Mas, no calor do jogo, prefiro exaltar, por exemplo, Neymar. No quarto gol, baixou nele o Neymar da final dos Jogos Olímpicos no Maracanã. A cobrança de falta sõ não foi idêntica porque não bateu na trave. Sinal de que foi mais que perfeita em comparação com aquela do Maracanã. Neymar também foi corajoso. Com Messi em campo, pegou a bola, colocou na marca do pênalti e bateu com perfeição para fazer o quinto. Para fechar a noite de gala, deu o passe para o gol de Sergi Roberto.
Em sete minutos, Neymar fez o que a incrédula torcida no Camp Nou esperava do Messias, o maior jogador da história do clube. Com a exibição desta quarta-feira, Neymar mandou recado ao atual número 1 do mundo, Cristiano Ronaldo, e ao 2, Lionel Messi. Só faltou bater no peito e usar os dois dedos indicadores apontando para o gramado dizendo: “Eu estou aqui”.
Foi um passo, ainda que pequeno, para, quem sabe, ser o melhor do mundo. Pediu passagem…