
A crise no Banco de Brasília e o afastamento do presidente Paulo Henrique Costa depois de a Polícia Federal deflagrar a Operação Compliance Zero para combater a emissão de títulos de crédito falsos por instituições financeiras integrantes do Sistema Financeiro Nacional deixa atletas, clubes, federações e confederações em alerta. A contar de 2019, o BRB se tornou um financiador relevante do esporte em um cardápio variado de modalidades. Não há sinalização imediata de quebra ou suspensão dos acordos em vigor, mas, em meio à turbulência, muitos incentivos podem ser revistos em curto ou médio prazo pela nova gestão de acordo com as datas do vencimento de cada assinatura. (veja valores no fim deste post).
Candidato aos títulos do Campeonato Brasileiro e da Libertadores, o Flamengo tem o BRB como parceiro no futebol e no basquete. A marca também é parceira da Federação de Futebol do Distrito Federal no Candangão. Além de bancar os naming rights da competição há quatro anos, a instituição viabiliza uma das premiações mais altas do país na comparação entre campeonatos locais das 27 unidades da federação.
Nesta temporada, por exemplo, só pagou menos do que o Campeonato Paulista. Campeão, o Gama recebeu R$ 1,2 milhão. Vice, o Capital ganhou R$ 400 mil. Ceilândia e Brasiliense tiveram direito, respectivamente, a R$ 250 mil e R$ 150 mil cada. A maioria dos clubes estampa a logo da instituição financeira na competição doméstica e ganha por isso. Houve incentivo aos times da cidade na Série D do Campeonato Brasileiro.
O banco colabora com o futebol feminino. Atual campeão do Candangão, o Minas Brasília tem o apoio estatal. Representante do Distrito Federal na Série A1 do Campeonato Brasileirão, o Real Brasília também tem contrato assinado.
O BRB patrocina a Confederação Brasileira de Tênis (CBT). Financia promessas e atletas consagrados da modalidade. Medalhista de bronze nos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020, Luisa Stefani é uma das parceiras beneficiadas por patrocínio do Banco de Brasília. O time da Copa Davis conta, entre outros, com Thiago Wild e João Fonseca, número 24 do mundo.
O automobilismo é outro braço forte da exposição da marca do BRB. Felipe Nasr (Mundial de Endurance e SportsCar Championship); Enzo Elias e Lucas Foresti (Stock Car), Pedro Clerot (FRECA), Pedro Cardoso (TCR). A Confederação Brasileira de Automobilismo (CBA) tem contrato no triênio de 2025 a 2027.
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O banco é parceiro da Vicar Eventos, organizadora da Stock Car, Touring Car Championship e F4 Brazilian Championship. Único piloto do Brasil na Fórmula 1, Gabriel Bortoleto é apoiado pelo banco via KTF Sports.
Único time do Distrito Federal na Superliga feminina, o Brasília Vôlei representa o Distrito Federal. Parte do orçamento conta com o auxílio de verba repassada pelo BRB.
A estatal detém os naming rights do Estádio Nacional Mané Garrincha, do Ginásio Nilson Nelson e do Autódromo Internacional Nelson Piquet. Paralelamente, aplica dinheiro em eventos e projetos de grande e pequeno porte como Go Cup, BSB Cup, Rio Tennis Academy.
O tamanho do patrocínio
Valores referentes ao terceiro trimestre de 2025 (julho a setembro)
- Piloto Gabriel Bortoleto: R$ 6.876.000,00
- Clube de Regatas do Flamengo: R$ 6.250.000,00
- Confederação Brasileira de Tênis: R$ 2.214.285,71
- Vicar Promoções Desportivas (Stock Car): R$ 2.142.857,14
- Piloto Lucas Foresti: R$ 904.761,88
- Piloto Enzo Elias: 795.238,09
- Piloto Pedro Clerot: R$ 740.000,00
- Confederação Brasileira de Automobilismo: R$ 730.000,00
- Real Futebol Clube (futebol feminino): R$ 624.000,00
- Capital Clube de Futebol (Série D): R$ 642.857,14
- Piloto Felipe Nasr: R$ 592.500,00
- Confederação Brasileira de Vela: R$ 525.000,00
- Piloto Pedro Cardoso: R$ 522.857,14
- Brasília Vôlei: R$ 454.545,47
- Minas Brasília (futebol feminino): R$ 433.333,32
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