O técnico Fernando Diniz não sofria tanto sem a bola desde o duelo à parte com Jorge Jesus na estreia como treinador do São Paulo. Ele não tinha muito o que fazer e abriu mão da posse. O Flamengo encerrou aquela partida no Maracanã com 61% de posse contra 39% do adversário. Mesmo assim, o tricolor teve oportunidade de vencer no Rio em algumas estocadas.
Freguês de Diniz, Jorge Almirón quis aprontar em Santiago. Adiantou as linhas do Colo-Colo e deixou o Fluminense desconfortável do início ao fim da partida. O time chileno ostentou 62% de posse contra 38% dos atuais campeões da Libertadores, porém tem um ataque lento, fraco, displicente e incompetente. Justamente por esse motivo foi derrotado no Estádio Monumental, em Santiago, no Chile.
O enredo de um Fluminense entrincheirado diante de um adversário incapaz de nocauteá-lo levou a partida para uma zona perigosa na qual a ansiedade e o cansaço de sufocar o tricolor — e não balançar a rede — atraía um final infeliz para os anfitriões. E assim foi.
Com mais sorte de atual campeão do que juízo, o Fluminense fez o gol da vitória graças a um chute do lateral-esquerdo Marcelo desviado para a rede pelo zagueiro Manoel. O beque esteve suspenso por nove meses após testar positivo para a substância “ostarina” em junho de 2023.
De volta ao futebol, é criticado pela ala da torcida carente de um sucessor para Nino, perderá a posição em breve para Thiago Silva ou algum volante improvisado no setor por Fernando Diniz. Martinelli ou André por exemplo.
Manoel tem 34 anos. Um dos alvos do estatismo no elenco do Fluminense. O beque não marcava desde 27 de agosto de 2022 no empate por 1 x 1 com o Palmeiras pela 24ª rodada do Brasileirão. Mais do que o gol, Manoel fez boa partida sob pressão ao lado do companheiro Felipe Melo. Uma exibição de resistência do início ao fim.
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