Diniz deixou o sarrafo do Fluminense elevado e demanda paciência com a oscilação

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Entendo o aborrecimento da torcida do Fluminense com a derrota por 2 x 0 para o River Plate no Monumental de Núñez pela penúltima rodada da fase de grupos da Libertadores, mas é preciso beliscar a ala mais soberba dos tricolores e lembrar: olha, a derrota foi para o Club Atlético River Plate. Sem Marcelo, Alexsander e Keno! Ou os encantados pelo Dinizismo esqueceram que o time completinho goleou o time argentino por 5 x 1?

O Fluminense deu pinta de que passaria pela fase de grupos com 100% de aproveitamento. Faltou combinar com um elenco curtíssimo. Bastou faltar uma peça na engrenagem para a produção em série de vitórias e bons espetáculos emperrar. Fernando Diniz nunca teve um elenco sortido como o de Flamengo, Palmeiras ou Atlético-MG nas mãos. A biografia dele mostra a montagem de times autorais sem peças de reposição à altura dos titulares.

Essa carência fez aquele São Paulo da temporada de 2020 derreter. A equipe paulista liderava o Campeonato Brasileiro com sete pontos de vantagem. Era semifinalista da Copa do Brasil. De repente, o time atingiu o limite e começou a desacelerar. Perdeu o título e o vice da Série A para Flamengo e Internacional e caiu diante do Grêmio no mata-mata nacional. Diniz monta times para competir em uma frente. Exigir mais do que isso é demais.

Portanto, a oscilação tricolor é angustiantemente previsível. Demanda paciência de Jó até a recomposição das peças ausentes no time titular. Dois jogadores sofrem com isso: o meia Ganso e o centroavante Cano. O meia precisa se desdobrar na marcação. O argentino é menos ativo. Consequentemente, recua na tentativa de participar da partida.

O resultado são sete jogos consecutivos sem balançar a rede. O argentino teve pelo menos duas possibilidades de encerrar a abstinência. Desperdiçou ambas. A situação tricolor é preocupante, porém não é alarmante na última rodada. A tendência apontava o favoritismo de River Plate e Fluminense. Isso deve se confirmar. Primeiro ou segundo? Diante dos acontecimentos, o importante é avançar às oitavas de final da Libertadores.

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Marcos Paulo Lima

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