Dez motivos para acreditar no bicampeonato do Atlético na Libertadores

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  1. Anjo de guarda

Everson passa por excelente fase no Atlético depois da crise pessoal no meio da temporada. Afastou-se das traves para tratar a saúde mental e voltou fortalecido. Se não fosse ele, o Flamengo teria feito mais gols na final da Copa do Brasil. Embora tenha sofrido quatro gols, foi o nome do Galo na decisão com intervenções relevantes no Rio e em BH. Everson é pegador de pênalti. Jamais duvide da capacidade dele.

  1. Lançamentos longo

Os três zagueiros do Atlético-MG jogam. Lyanco e Junior Alonso destacam-se pelos lançamentos longos em profundidade para Hulk e Paulinho. Alonso tem a virtude de se disfarçar de lateral esquerdo. Battaglia é o elemento surpresa entre os três. Tem quatro gols na temporada. O mais importante deles justamente na Libertadores nas oitavas de final contra o San Lorenzo. Tem estrela. Classificou o Galo às oitavas.

  1. Abre-alas

A versatilidade de Gustavo Scarpa na direita e de Guilherme Arana na esquerda representa sempre risco ao adversário. Improvisado no corredor direito, o meia é venenoso nos cortes para dentro para finalização da perna esquerda. Arana aprendeu com Jorge Sampaoli a ser um lateral construtor pelo meio com liberdade para pisar na área e fazer gol. A função e o repertório podem confundir o Botafogo.

  1. Par perfeito

Hulk e Paulinho se procuravam mais em campo nos tempos de Luiz Felipe Scolari. A parceria diminuiu um pouco sob a batuta de Gabriel Milito, mas ambos não deixaram de manter a proximidade em campo. A conexão entre eles é uma das chaves da final única da Libertadores. O Botafogo precisa impedir esse link sob pena de sair derrotado por gols ou assistências protagonizados pela dupla explosiva.

  1. Iluminado

Jamais subestime o poder de decisão do centroavante Deyverson. Quem decidiu a Libertadores em 2020 para o Palmeiras aproveitando-se de uma bobeada do volante Andreas Pereira pode muito muito bem repetir a dose se o Botafogo vacilar na saída de bola ou um dos zagueiros do Glorioso cair na pilha do atacante. Deyverson vai azucrinar a vida dos defensores até tirá-los do sério. Sorte do Galo tê-lo ao lado.

  1. Maleabilidade tática

Gabriel Milito não esconde a preferência pelo sistema com três defensores no 3-5-2, 3-4-2-1, 3-4-3 ou 5-3-2, mas ele sabe reconfigurar o time para para linhas de quatro defensores. Derrotou o Cruzeiro na final do Campeonato Mineiro por 3 x 1 e o Peñarol na fase de grupos da Libertadores ao apostar no 4-4-2. Derrotou o Rosano Central configurado no 4-2-3-1 e o Internacional no modelo 4-1-4-1.

  1. Oportunidade

A ausência do zagueiro angolano Bastos por lesão é um ponto a ser explorado pelo plano de jogo do técnico Gabriel Milito. A defesa do time carioca comporta-se de uma forma com Bastos e Alexander Barboza e de outra sem a dupla predileta do técnico Artur Jorge. O Botafogo colocou a vaga em risco nas quartas de final quando o treinador lusitano trocou Barbosa por Adryelson e sofreu gol de cabeça de Calleri.

  1. Pé de chumbo

O goleiro John que se cuide se Hulk estiver com o pé esquerdo calibrado. O ídolo do Atlético tem um dos chutes mais potentes do país de longa e média distância e uma das cobranças de falta mais venenosas da América do Sul. Hulk converteu duas cobranças de falta no Campeonato Brasileiro e acumula oito tentativas erradas nesta edição da Libertadores. O dia do acerto por ser hoje na decisão contra o Botafogo.

  1. Referências

Pequenos detalhes fazem toda a diferença em uma decisão. O Atlético-MG jogou no Monumental de Núñez na campanha desta edição. Empatou por 0 x 0 com o River Plate no segundo jogo das semifinais. Parece bobeira, mas o time já ter algumas referências do estádio. Jogou no gramado e não apenas fez o reconhecimento do tapete na véspera da partida. Não deixa de ser uma pequena vantagem.

  1. Heróis improváveis

O Atlético-MG tem pelo menos três jogadores capazes de entrar em campo, mudar a história da final e assumir o protagonismo na decisão da Libertadores: Alisson, Bernard e Eduardo Vargas podem virar protagonistas durante a partida. Alan Kardec surpreendeu no primeiro jogo da final da Copa do Brasil ao marcar o primeiro gol dele na temporada com a camisa do Galo. O futebol tem disso…

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Marcos Paulo Lima

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