Galo Elenco do Atlético tenta repetir o feito do título inédito de 2013. Arte: Conmebol Elenco do Atlético-MG tenta repetir o feito do título inédito de 2013. Arte: Conmebol

Dez motivos para acreditar no bicampeonato do Atlético na Libertadores

Publicado em Esporte
  1. Anjo de guarda

Everson passa por excelente fase no Atlético depois da crise pessoal no meio da temporada. Afastou-se das traves para tratar a saúde mental e voltou fortalecido. Se não fosse ele, o Flamengo teria feito mais gols na final da Copa do Brasil. Embora tenha sofrido quatro gols, foi o nome do Galo na decisão com intervenções relevantes no Rio e em BH. Everson é pegador de pênalti. Jamais duvide da capacidade dele.

 

  1. Lançamentos longo

Os três zagueiros do Atlético-MG jogam. Lyanco e Junior Alonso destacam-se pelos lançamentos longos em profundidade para Hulk e Paulinho. Alonso tem a virtude de se disfarçar de lateral esquerdo. Battaglia é o elemento surpresa entre os três. Tem quatro gols na temporada. O mais importante deles justamente na Libertadores nas oitavas de final contra o San Lorenzo. Tem estrela. Classificou o Galo às oitavas. 

 

  1. Abre-alas

A versatilidade de Gustavo Scarpa na direita e de Guilherme Arana na esquerda representa sempre risco ao adversário. Improvisado no corredor direito, o meia é venenoso nos cortes para dentro para finalização da perna esquerda. Arana aprendeu com Jorge Sampaoli a ser um lateral construtor pelo meio com liberdade para pisar na área e fazer gol. A função e o repertório podem confundir o Botafogo. 

 

  1. Par perfeito

Hulk e Paulinho se procuravam mais em campo nos tempos de Luiz Felipe Scolari. A parceria diminuiu um pouco sob a batuta de Gabriel Milito, mas ambos não deixaram de manter a proximidade em campo. A conexão entre eles é uma das chaves da final única da Libertadores. O Botafogo precisa impedir esse link sob pena de sair derrotado por gols ou assistências protagonizados pela dupla explosiva. 

 

  1. Iluminado

Jamais subestime o poder de decisão do centroavante Deyverson. Quem decidiu a Libertadores em 2020 para o Palmeiras aproveitando-se de uma bobeada do volante Andreas Pereira pode muito muito bem repetir a dose se o Botafogo vacilar na saída de bola ou um dos zagueiros do Glorioso cair na pilha do atacante. Deyverson vai azucrinar a vida dos defensores até tirá-los do sério. Sorte do Galo tê-lo ao lado. 

 

  1. Maleabilidade tática

Gabriel Milito não esconde a preferência pelo sistema com três defensores no 3-5-2, 3-4-2-1, 3-4-3 ou 5-3-2, mas ele sabe reconfigurar o time para para linhas de quatro defensores. Derrotou o Cruzeiro na final do Campeonato Mineiro por 3 x 1 e o Peñarol na fase de grupos da Libertadores ao apostar no 4-4-2. Derrotou o Rosano Central configurado no 4-2-3-1 e o Internacional no modelo 4-1-4-1. 

 

  1. Oportunidade

A ausência do zagueiro angolano Bastos por lesão é um ponto a ser explorado pelo plano de jogo do técnico Gabriel Milito. A defesa do time carioca comporta-se de uma forma com Bastos e Alexander Barboza e de outra sem a dupla predileta do técnico Artur Jorge. O Botafogo colocou a vaga em risco nas quartas de final quando o treinador lusitano trocou Barbosa por Adryelson e sofreu gol de cabeça de Calleri.

 

  1. Pé de chumbo

O goleiro John que se cuide se Hulk estiver com o pé esquerdo calibrado. O ídolo do Atlético tem um dos chutes mais potentes do país de longa e média distância e uma das cobranças de falta mais venenosas da América do Sul. Hulk converteu duas cobranças de falta no Campeonato Brasileiro e acumula oito tentativas erradas nesta edição da Libertadores. O dia do acerto por ser hoje na decisão contra o Botafogo.  

 

  1. Referências

Pequenos detalhes fazem toda a diferença em uma decisão. O Atlético-MG jogou no Monumental de Núñez na campanha desta edição. Empatou por 0 x 0 com o River Plate no segundo jogo das semifinais. Parece bobeira, mas o time já ter algumas referências do estádio. Jogou no gramado e não apenas fez o reconhecimento do tapete na véspera da partida. Não deixa de ser uma pequena vantagem. 

 

  1. Heróis improváveis

O Atlético-MG tem pelo menos três jogadores capazes de entrar em campo, mudar a história da final e assumir o protagonismo na decisão da Libertadores: Alisson, Bernard e Eduardo Vargas podem virar protagonistas durante a partida. Alan Kardec surpreendeu no primeiro jogo da final da Copa do Brasil ao marcar o primeiro gol dele na temporada com a camisa do Galo. O futebol tem disso…

 

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