Wilton Sampaio O goiano Wilton Sampaio começou a carreira de árbitro no DF. Foto: Aizar Raldes/AFP O goiano Wilton Sampaio começou a carreira de árbitro no Distrito Federal

De Teresina de Goiás para a Rússia: um bate-papo com Wilton Sampaio, árbitro de vídeo da Copa

Publicado em Esporte

Ele nasceu em Teresina de Goiás, começou a carreira de árbitro no Distrito Federal, apitou os jogos do título de 2006 e de 2009 do Campeonato Candango e acaba de ser escolhido pela Fifa para ser um dos 13 árbitros de vídeo na Copa da Rússia. Aos 36 anos, Wilton Sampaio vai realizar no meio do ano o sonho de trabalhar em um Mundial. A seguir, o melhor árbitro do Campeonato Brasileiro de 2012 fala ao blog sobre a indicação e se esquiva sobre as perguntas técnicas sobre a missão. “Desculpa, não posso falar sobre isso”, repetiu várias vezes Wilton Sampaio durante a conversa.

 

Como foi para você ler e ouvir nesta segunda-feira (30/4) o nome “Wilton Sampaio” como representante do Brasil nessa revolução que será a utilização do Árbitro de Vídeo na Copa?
Recebi essa convocação com muita alegria. Venho desde o início de 2017 participando de Seminários e Competições da FIFA. Ter a oportunidade de estar em uma Copa do Mundo principal é a realização de um sonho na minha carreira.

 

Antes, você havia participado de quais torneios da Fifa?
Participei do Mundial Sub-20 na Coreia do Sul no ano passado e do Mundial de Clubes da Fifa nos Emirados Árabes Unidos. Ambas como árbitro de vídeo. Na Coreia, trabalhei em sete jogos. No Mundial, em três. Eu me adaptei bem ao sistema.

 

Na sua opinião, o futebol  está pronto para mergulhar de vez na tecnologia ? É o fim das “injustiças” com os árbitros que erravam e com as seleções que eram prejudicadas?
Só posso te responder que o vídeo será uma ferramenta muito importante no auxílio da arbitragem e do futebol.

 

Como vai funcionar o seu trabalho na Rússia?
Sobre o trabalho que vamos fazer na Copa, infelizmente, não posso falar.

 

Participei do Mundial Sub-20 na Coreia do Sul no ano passado e do Mundial de Clubes da Fifa nos Emirados Árabes Unidos. Ambas como árbitro de vídeo. Na Coreia, trabalhei em sete jogos. No Mundial, em três. Eu me adaptei bem ao sistema

 

Você saiu de Teresina de Goiás para a Copa da Rússia. É a maior vitória da sua carreira?
Pra mim, significa o melhor momento da minha carreira. Foram anos de muita dedicação, com muito apoio da família e dos amigos. Agradeço muito a Deus por essa conquista. Sempre tive comigo esse sonho.

 

Você é mais um árbitro com passagem pelo DF a ir para a Copa. Teve o Jorge Paulo Gomes, o Sandro Meira Ricci, que foi convocado novamente, e agora você…
Brasília sempre foi um celeiro de grandes árbitros. Temos que enaltecer o trabalho do Edson Rezende que foi quem iniciou tudo. Fiz amizade com todos os colegas da arbitragem e profissionais do futebol, que sempre me trataram bem.

 

Quais são as lembranças do futebol candango?
Fiz grandes finais (2006 e 2009), fui eleito várias vezes pela mídia o melhor árbitro. Eu só tenho boas lembranças, nenhuma ruim.

 

Qual é o objeto que você leva em todas as viagens, aquele seu talismã, que não pode ser esquecido jamais, e que você levará para a Rússia?
A minha Bíblia sempre me acompanha em todas as minhas viagens e com certeza terá um lugar especial. Gosto muito do Salmo 22. É o texto que me motiva.