Fernando Diniz está de volta ao Cruzeiro depois de 20 anos. Não mais como volante ou meia como em 2004. Ele assume a prancheta deixada por Fernando Seabra em uma decisão no mínimo controversa da diretoria celeste. Para mim, o treinador fazia bom trabalho na Toca da Raposa. Cometia equívocos de quem trabalhava na base e estreia na carreira profissional, mas é inegável: ele recuperou o time no Brasileirão e encaminhou a vaga para as semifinais da Copa Sul-Americana ao derrotar o Libertad na ida por 2 x 0.
A avaliaçào de Pedro Lourenço e dos demais membros da diretoria é diferente. A análise refere-se aos últimos oito jogos no Campeonato Brasileiro. A Raposa venceu apenas uma partida e ocupa o 13º lugar no segundo turno. A cúpular cobiça vaga para a Libertadores de 2025. Portanto, o executivo Alexandre Mattos recebeu sinal verde para tirar Seabra e acertar a contratação de Fernando Diniz. O atual campeeão da Libertadores estava desempregado desde a saída do Fluminense, em 24 de junho.
O técnico campeão continental no ano passado pelo tricolor carioca teve uma passagem breve pelo Cruzeiro como jogador. Em 2004, ele disputou oito partidas com a camisa celeste. Trabalhou sob o comando dos técnicos Marco Aurélio e de Ney Franco. Acumulou sete jogos na Série A do Campeonato Brasileiro e um na Copa Sul-Americana. No fim da temporada, Diniz arrumou as malas e embarcou rumo ao Santos para a temporada de 2005.
O elenco do Cruzeiro não é totalmente novo para Fernando Diniz. Zé Ivaldo foi jogador dele no Athletico-PR. Comandou Kaio Jorge no Santos. Um dos desafios será adaptar Cássio aos conceitos de jogo. O goleiro não é referência na participação no jogo com os pés. Diniz teve esse mesmo desafio com Fábio no Fluminense. O lateral direito William, os volante Lucas Silva e Walace além do meia Matheus Pereira podem ser peças importantes na confecção do time desejado por Fernando Diniz.
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