54379104646_65fbf1747d_c Flávio de Souza virou personagem do clássico no lance crucial do jogo. Foto: Cesar Greco/Pallmeiras Flávio de Souza virou personagem do clássico no lance crucial do jogo. Foto: Cesar Greco/Pallmeiras

Da pressão do Palmeiras na saída de bola aos erros do São Paulo e do Juiz

Publicado em Esporte

Sou fã de técnicos capazes de buscar soluções dentro de um elenco limitado. Luis Zubeldia foi ousado ao posicionar Oscar na função de volante ao lado Alisson. Qualificou a saída de bola, deixou o São Paulo mais ofensivo, mas não contava com uma sucessão de falhas no lance do polêmico gol da vitória do Palmeiras por 1 x 0 nesta segunda-feira pela semifinal do Campeonato Paulista.

 

Rafael erra na saída de bola diante da marcação alviverde. O centroavante estreante Vitor Roque pressiona o zagueiro Arboleda e cava o pênalti validado pelo juiz Flávio de Souza. É lamentável o que faz a arbitragem brasileira — com ou sem o auxílio do vídeo (VAR). Não fico no muro. Não achei falta.

 

O plano de jogo do São Paulo não foi prejudicado apenas pela arbitragem. O banco de reservas é carente de talentos. O cobertor é curto. Ao recuar Oscar para a função de volante, Luis Zubeldia ganhou na saída de bola, mas perdeu a conexão do meio de campo com o ataque.

 

Havia um Oscar à frente dos três zagueiros ao lado de Alisson, mas faltava um “Oscar” no último terço do campo para trabalhar com Lucas Moura e Luciano. Consequentemente, Calleri sofria ao receber poucas bolas limpas. Em um raro cruzamento não interceptado pelo bateria antiaérea dos donos da casa, o argentino subiu sozinho, cabeceou a bola para fora e desperdiçou a oportunidade do empate.

 

A distribuição tática do Palmeiras dificultou o planejamento do São Paulo.  Ao perceber a tentativa do árbitro Flávio de Souza de deixar o jogo correr, com pouca intervenção, o time de Abel Ferreira fez da força física um triunfo. Chegava junto em cada disputa de bola. A defesa se antecipava aos passes na frente da área e ganhava quase todas as disputas, mantendo o São Paulo longe da zona de finalização. Em contrapartida, empurrava o adversário para trás.

 

O placar justo do Choque-Rei seria o empate. A vaga seria disputada nas cobranças de pênalti. No entanto, Flávio de Souza penalizou o clássico com um erro gravíssimo. Virou o personagem do jogo. Bem mais do que Raphael Veiga, autor da cobrança certeira no primeiro tempo para manter a chance do tetracampeonato inédito em dois derbies contra o arquirrival Corinthians.

 

Se não tivesse desperdiçado pontos bobos em Brasília, contra a Inter de Limeira e o Velo Clube nos dois tropeços em uma semana no Mané Garrincha, o tricolor teria sido mandante no MorumBis, e não visitante no Allianz Parque nas semifinais. O juiz Flávio de Souza é o maior culpando, mas o clube também precisa admitir os próprios equívocos.

 

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