Da Bola de Ouro no Torneio de Toulon a artilheiro do Candangão: Gallo lembra aposta em Yuri Mamute

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Mamute festeja gol no Sul-Americano Sub-20 de 2015: xodó de Gallo na Seleção. Foto: Conmebol via EFE

Torneio de Toulon. Edição de 2013. O técnico da Seleção Brasileira Sub-20 é Alexandre Gallo. Entre as responsabilidades dele, a preparação do grupo para os Jogos Olímpicos do Rio-2016. Entre os atacantes estava uma promessa do Grêmio: o centroavante Yuri Mamute, de 18 anos. Inscrito com a camisa 20, ele atuava com talentos como o goleiro Alisson e o volante Rafinha Alcântara, filho de Mazinho, campeão da Copa do Mundo de 1994, nos Estados Unidos.

Yuri Mamute foi um dos vice-artilheiros da competição. Balançou a rede na vitória por 2 x 1 contra a Bélgica e Portugal na sequência, por 2 x 0. Ficou atrás de Vinicius Araújo na lista dos goleadores, mas o desempenho individual chamou a atenção dos jurados. Mamute conquistou o prêmio de melhor jogador do evento: a Bola de Ouro. Ganhou o apelido de “Mamutelli” em referência ao centroavante Mario Balotelli. O italiano estava em alta. Um ano antes, havia levado a Itália à final da Eurocopa contra a Espanha. Ele era uma das referências da Squadra Azzurra.

Dois anos depois, Mamute fez parte do elenco da Seleção no Sul-Americano Sub-20 de 2015, no Uruguai. Embarcou para o torneio ao lado de promessas como Walace, Gabigol, Léo Pereira, Thiago Maia, Kenedy, Malcom e Gerson.  O Brasil encerrou o torneio em quarto lugar, mas conquistou a vaga para o Mundial Sub-20 daquele ano, quando seria vice-campeão.

Dez anos depois do sucesso em Toulon, Yuri Mamute é o artilheiro isolado do Candangão com oito gols depois de passagens por Botafogo, Panathinaikos, Náutico e Figueirense. Um dos trunfos do Brasiliense na partida de volta da final contra o Real Brasília neste sábado, às 15h, no Estádio Defelê, na Vila Planalto. O Jacaré tem a vantagem do empate. Venceu por 3 x 2 na ida.

Um dos responsáveis pela evolução de Yuri Mamute, principalmente as convocações do jogador, foi Alexandre Gallo. O técnico gostava tanto dele que apostou não somente na Seleção. Contratou o jogador para o Náutico e tentou levá-lo para o Al Qadisiah da Arábia Saudita depois de deixar o emprego na Confederação Brasileira de Futebol.

“Para mim é um prazer muito grande falar sobre o Yuri. Ele esteve muitas vezes na Seleção. No Torneio de Toulon, em 2013, enfrentamos na final a Colômbia, até então campeã sul-americana, e o Yuri sempre se mostrou um atleta muito forte, determinado, até pela força, a dinâmica de jogo que ele tinha, foi considerado o melhor atleta da competição”, diz Gallo ao blog.

O prêmio individual aumentou a projeção para a carreira de Yuri Mamute. “Era uma atleta que eu esperava muito dele. Depois da Seleção, mesmo, o levei para o Náutico, em 2016. Fico feliz de saber que ele está retomando a carreira em alto rendimento. Ele é um atleta muito preparado, de muita potência, poder físico, e tecnicamente é um atleta esperto, que faz a diferença na frente, ele sabe fazer gol, finaliza bem de direita e esquerda”, elogia Alexandre Gallo.

Uma das características de Yuri Mamute que mais agradava Alexandre Gallo era a persistência nos duelos com as defesas adversárias. “Ele é um cara rompedor. Eu, sem dúvida, naquele momento, entendia que era um atleta que teria um grande sucesso. Espero ainda que ele possa retomar. É um atleta jovem, nascido em 1995. Tem tudo para seguir a carreira e torço muito para que dê tudo certo para ele. Sempre foi um atleta muito querido, uma alegria no elenco, e foi muito bom ter participado de alguns momentos com ele na Seleção Brasileira. Fico feliz de saber que ele está bem. Desejo toda sorte e sucesso a ele”, comentou Gallo.

Twitter: @marcospaulolima

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Marcos Paulo Lima

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