Maior mecenas dos clubes do futebol brasileiro, a Caixa Econômica Federal vê novamente no Cruzeiro a maior —e talvez única — esperança de ter a imagem associada a uma conquista de ponta na temporada. Atual campeão da Copa do Brasil, o time celeste evitou um vexame da estatal no ano passado. À caça do bi, a Raposa terá pela frente um Corinthians com a camisa limpa, sem um anunciante máster fixo. Os contratos do Timão costumam ser pontuais.
O cenário das outras competições em disputa aumentou o peso da Copa do Brasil para a Caixa. Dos cinco candidatos ao título do Campeonato Brasileiro, apenas um, o Flamengo, recebe investmento do banco. Palmeiras (Crefisa), Internacional (Banrisul), São Paulo (Banco Inter) e Grêmio (Banrisul) divulgam marcas concorrentes.
Na Libertadores, os dois clubes brasileiros têm como mecenas firmas concorrentes da Caixa. O Palmeiras expõe a Crefisa. O Grêmio, o Banrisul. Curiosamente, o maior bônus da estatal é para a conquista do título continental. Paga-se extra de R$ 1,5 milhão.
A única esperança de exposição internacional é a Copa Sul-Americana. Classificados para as quartas de final, Bahia e Atlético Paranaense são bancados pela Caixa. Como ambos são adversários na próxima fase, a estatal terá um deles nas semifinais. Ex-parceiro da Caixa, o Fluminense não tem contrato com o banco nesta temporada.
No ano passado, apenas o Cruzeiro rendeu título de ponta ao mecenas. Conquistou a Copa do Brasil. Mesmo sem patrocinador, o Corinthians abocanhou o Campeonato Brasileiro. Campeão da Copa Libertadores da América, o Grêmio mostrava a marca do Banrisul. Finalista da Copa Sul-Americana, o Flamengo (Caixa) deixou o troféu escapar em casa contra o Independiente.