Dudu Ídolo do Palmeiras, Dudu é um dos símbolos da política celeste nesta janela. Imagem: Cruzeiro Ídolo do Palmeiras, Dudu é um dos símbolos da política celeste nesta janela. Imagem: Cruzeiro

Cruzeiro tem um plano e segue-o à risca: tirar o ídolo dos adversários

Publicado em Esporte

O Cruzeiro estabeleceu uma política de ostentação desde a venda da Sociedade Anônima de Futebol (SAF) de Ronaldo Nazário a Pedro Lourenço, delegou a estratégia ao profissional certo, ou seja, Alexandre Mattos, e se mantém fiel a ela nesta janela de transferências.

 

O plano é evidente: contratar ídolos de potenciais concorrentes. A ideia começou a sair do papel ao tirar o goleiro Cássio do Corinthians. Na sequência, a diretoria do time celeste partiu para o ataque a Dudu. Ele estava acertado com a Raposa, mas recuou. Encerrou o ano no Palmeiras e finalmente foi oficializado de volta a Belo Horizonte neste fim de ano.

 

Paralelamente, o Cruzeiro começou a piscar para Gabriel Barbosa, referência do Flamengo nas últimas seis temporadas. Pedrinho e Mattos sabem do imbróglio do atacante na Corte Arbitral do Esporte por causa do desrespeito ao cumprimento do protocolo do exame antidoping no ano passado, mas pagaram para ver — e ter — o jogador no clube.

 

As últimas notícias são de dois ataques a ídolos de times paulistas. O Cruzeiro sondou o meia Raphael Veiga. Curiosamente, o Palmeiras sonha com Matheus Pereira. Voraz no mercado, a trupe de Fernando Diniz também cobiça o lateral-direito Fágner, outro ídolo recente do Corinthians. Sobrou até para o Criciúma. Símbolo da equipe catarinense na temporada, o francês Yannick Bolasie trocou o Tigre pela Raposa.

 

Não há nada de errado na política do Cruzeiro de atacar ídolos dos concorrentes. Faz parte do trabalho de autoestima e de ostentação. O risco está na administração da idade dos reforços escolhidos. Cássio tem 37 anos. Fagner e Bolasie, 35. Dudu está na casa dos 33 e Gabriel Barbosa desembarcará no clube com 28.

 

Sim, Fernando Diniz foi campeão da Libertadores em 2023 comandando o time mais velho na história da Libertadores. O tricolor tinha média de 31,8 anos de idade.  Faz sentido, mas nem sempre o raio cai duas vezes no lugar em que está Fernando Diniz. É preciso apreciar os reforços com moderação.

 

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