Cristiano Ronaldo se candidata pela segunda vez a conquistar o bi que Messi um dia impediu

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O Milan foi o último bicampeão da Champions League. Fez a dobradinha nas temporadas de 1988/1989 e de 1989/1990. Lá se vão 26 anos de um tabu que poderia ter sido quebrado na decisão de 2009 se não houvesse um Lionel Messi no caminho de Cristiano Ronaldo na única final do torneio entre eles. Depois do bi daquele daquele timaço de Arrigo Sacchi, apenas três clubes chegaram perto de repetir o feito: o próprio Milan, a Juventus e o Manchester United de CR7. Todos tiveram os planos frustrados. Mas o português não desiste nunca. Ao marcar três vezes na goleada por 3 x 0 sobre o Atlético de Madrid no duelo de ida das semifinais, o gajo protocolou a candidatura do Real Madrid ao bicampeonato, em 3 de junho, no País de Gales.

Na primeira tentativa de levar um clube ao bi, Cristiano Ronaldo defendia o Manchester United. O clube inglês era o campeão da temporada de 2007/2008 da Champions League. Havia superado o Chelsea nos pênaltis na decisão disputada em Moscou. O craque do time de Alex Ferguson? Cristiano Ronaldo, eleito pela primeira vez o melhor do mundo.

Na temporada seguinte, os Diabos Vermelhos defendiam o título europeu. E Cristiano Ronaldo carregou o time inglês nas costas até a decisão. Nas semifinais, assim como nesta temporada, brilhou em um clássico. O adversário era o Arsenal. O português passou em branco no primeiro jogo — O’Shea garantiu a vitória ao Manchester, em Old Trafford. No segundo confronto, Cristiano Ronaldo abriu sua caixa de maldades, fez dois gols e despachou os Gunners dentro do Emirates Stadium, por 3 x 1.

Dezenove anos depois, Cristiano Ronaldo candidatava o Manchester United a repetir o bi do Milan. Só não conseguiu porque, no meio do caminho, havia o Barcelona de Pep Guardiola e Lionel Messi. No Estádio Olímpico, em Roma, o time catalão frustrou o sonho de CR7 com um gol de Samuel Eto’o e outro de Lionel Messi.

Mas o português não se dá por vencido. O Real Madrid é o atual campeão da Champions League. A pedra chamada Lionel Messi foi removida pela Juventus da Champions League.  Ao que tudo indica, o Real Madrid vai ousar quebrar o tabu de 26 anos do torneio sem um bicampeão. A menos que o Real viva um dia de “PSG” no Vicente Calderón, é pouco provável — não impossível —  que o time merengue sofra a virada na partida de volta.

Se o favoritismo for confirmado, Cristiano Ronaldo poderá, em um só jogo na final de 3 de junho, no Millennium Stadium, em Cardiff, no País de Gales, um série de proezas. A primeira delas, tema deste post, fazer do Real Madrid o primeiro bicampeão da Champions League e desde o Milan de 1989 e 19902. Além disso, igualará Lionel Messi em número de conquistas pessoais do torneio — o argentino tem cinco contra quatro do português. E se for campeão, alcançará Messi também em número de prêmios de melhor do mundo. A Pulga coleciona cinco e CR7, quatro. Sem contar que o gajo terá o nome eternizado na 12ª conquista da história do Real Madrid. Simplesmente um monstro.

Além do Manchester United…

O próprio Milan e a Juventus tentaram o bi. Campeão em 1993/1994 com uma humilhante goleada por 4 x 0 sobre o Barcelona, o Milan chegou novamente à final em 1994/1995, mas foi superado pelo fantástico Ajax de Louis van Gaal, por 1 x 0. Vencedora da Champions em 1995/1996 em cima do Ajax, a Juventus retornou à final na decisão de 1996/1997, mas perdeu para o Borussia Dortmund. Zinedine Zidane, hoje técnico do Real Madrid, defendeu a Velha Senhora na decisão que impediu a equipe italiana de ser bi.

Marcos Paulo Lima

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