Candangao O relator Romário citou trechos da operação Fim de Jogo no requerimento. Foto: Marcos Oliveira/Senado O senador e relator Romário citou trechos da operação Fim de Jogo do MPDFT no requerimento. Foto: Marcos Oliveira/Senado

CPI do Senado ouvirá hoje suspeitos de manipulação no Candangão 2024

Publicado em Esporte

A suspeita de contaminação no Campeonato do Distrito Federal em 2024 entrou na pauta da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas. O senado ouvira na tarde desta terça-feira William Pereira Rogatto, investigado pela Operação Fim de Jogo do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios e pela Jogada Ensaiada da Polícia Federal; e a presidente do Santa Maria, Dayana Nunes.

 

Deflagrada em março do ano passada com apuração do Gaeco, a Operação Fim de Jogo colocou em xeque a integridade do Candangão 2024. Willian Pereira Rogatto seria o mentor do esquema de manipulação. O Santa Maria seria a fábrica de resultados adulterados na competição.  Convidado pelo senado, Rogatto teve o nome mencionado em escândalos na Série A3 do Campeonato Paulista em 2020. No Santa Maria, os jogadores Alexandre Damasceno e Nathan Silva seriam os elos de um suposto esquema implementado por ele.

 

Pelo menos duas partidas colocaram o Candangão deste ano sob suspeita. Em 3 de fevereiro, o Santa Maria perdeu por 6 x 0 para o Ceilândia na fase classificatória. Quinze dias depois, sofreu 5 x 0 diante do Gama. Na outra ponta do esquema, apostadores souberam antecipadamente dos acertos para a fraude nas respectivas partidas. Um terceiro resultado entrou na pauta: a derrota por 7 x 1 para o Capital.

 

As investigações encontraram links entre Willian Pereira Rogatto e a gestão administrativa do Santa Maria. À época, a Justiça expediu ordens de busca, apreensão e prisão preventiva contra Rogatto. À época, ele morava na Europa.

 

As convocações foram sugeridas pelo senador Romário (PL-RJ), relator da Comissão Parlamentar de Inquérito. O ex-jogador citou no requerimento trechos da apuração do Ministério Público do DF e Territórios. “Tem operado na clandestinidade como manipulador profissional mediante a cooptação de jogadores, a venda de resultados arranjados e a realização de apostas”, sustenta Romário na petição. “Aparece em interceptações de mensagens, mencionando pagamentos a jogadores aliciados, realizando apostas fraudulentas e conversando com interlocutores sobre os lucros obtidos”, conclui.

 

A presença de Dayana Nunes foi solicitada pelo senador Carlos Portinho (PL-RJ). Ele deseja que a dirigente, esposa do ex-presidente da Federação de Futebol do Distrito Federal (FFDF), Erivaldo Alves, se manifeste sobre a suspeita de manipulação no Santa Maria.

 

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