O Corinthians de Dorival Júnior desafia o recorde do Flamengo. O time rubro-negro foi campeão da Copa do Brasil no ano passado com dois gols sofridos. Classificado para as semifinais do mata-mata nacional pela quarta edição consecutiva, o Timão continua sem ser vazado. Restam dois jogos nas semifinais e quem sabe outros dois na decisão.
Em 2024, o Flamengo quebrou o recorde do Corinthians de 1995 do técnico Eduardo Amorim e do Criciúma de 1991 de Luiz Felipe Scolari. Ambos sofreram três gols. A equipe liderada por Tite e depois por Filipe Luís tomou um gol do Palmeiras nas oitavas e um do Atlético na final.
A performance do goleiro Hugo Souza diz muito sobre a segurança defensiva alvinegra. Pegou pênalti pela oitava vez na vitória por 2 x 0 contra o Athletico-PR e superou a marca de um ídolo das traves do clube: simplesmente Dida!
Dorival Júnior tem mérito no sistema defensivo na Copa do Brasil no quesito flexibilidade. Ele usou linha de três no início da partida contra o Athletico. João Pedro, Gustavo Henrique e Angileri formaram bom trio com a bola e quinteto sem a posse, auxiliados por Matheuzinho e Matheus Bidu sem a posse de bola formando linha de cinco defensores para espalhar o sistema de jogo do Athletico de Odair Hellmann.
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Falo em flexibilidade no plano de jogo porque historicamente Dorival Júnior não é de usar linha de três defensores. Uniu Jéci, Maurício e Nenê no Coritiba, por exemplo. Recorreu ao sistema principalmente na passagem pelo Sport. Em 2013, testou uma formação com Jomar, Cris e Rafael Vaz fazendo as três torres na defesa do Vasco. Sempre ações pontuais ou emergenciais.
Na última passagem pelo São Paulo, Dorival Júnior posicionou Beraldo, Arboleda e Alan Franco em linha de três numa derrota por 2 x 1 para o Grêmio pelo Campeonato Brasileiro.
“Com a entrada do Angileri pelo lado do campo nos proporcionou essa alternância. Alteramos com uma linha de três, espetando os laterais e segurando os três homens. Provocamos a marcação do adversário, tivemos a possibilidade de uma saída por dentro, porque os dois volantes deles (Athletico) demoraram para cobrir o campo, estava muito amplo”, explicou Dorival Júnior depois da partida.
“Estávamos ganhando campo, tendo possibilidade de aproximação, tendo três contra dois pelos lados e criando boas possibilidades. Depois, fomos para uma linha de quatro abrindo mais ele (Angileri). Com isso, quando saímos pelo lado esquerdo tivemos uma distância longa entre o lateral e pudemos atacar pelas costas. Isso foi importante”, concluiu o treinador alvinegro.
Copa do Brasil
Melhores defesas da história
- Flamengo (2024): 2 gols sofridos em 10 jogos
- Corinthians (1995): 3 gols sofridos em 10 jogos
- Criciúma (1991): 3 gols sofridos em 10 jogos
- Grêmio (1989): 4 gols sofridos em 9 jogos
- Palmeiras (2020): 4 gols sofridos em 8 jogos
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