Copa do Mundo Feminina começa com protagonismo das criticadas goleiras

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A Copa do Mundo Feminina começou com um direito de resposta contundente das jogadoras mais criticadas: as goleiras. Há quem ainda defenda a diminuição das traves e outras mudanças pelo “bem do jogo”. Elas dão de ombros para o debate liderado invariavelmente por homens e roubam a cena debaixo das traves nos gramados da Austrália e da Nova Zelândia.

Em dois dias de competição, duas goleiras defenderam pênaltis e uma contou com a sorte. Umas saíram felizes da vida do campo. Outra nem tanto. Há quem insista em tirar o mérito delas e responsabilize as responsáveis pelas cobranças. Sim, a vida das donas das luvas também é dura.

Aurora Mikalsen contou com a sorte. A guardiã da Noruega havia sofrido o primeiro gol da Copa marcado Hannah Wilkinson. Escapou de sofrer o segundo porque foi protegida pelo acaso. O primeiro pênalti do torneio não entrou. Ria Percival acertou a trave. Um alívio para a goleira. Afinal, gols marcados, sofridos, saldo estão entre os critérios de desempate e a Noruega perdeu.

Chiamaka Nnadozie é uma goleira de 22 anos. Veste a camisa 16 da Nigéria. As campeãs africanas não perderam na estreia por causa dela. A muralha de 1,80m do FC Paris se agigantou simplesmente diante de Christine Sinclair. A estrela do Canadá tem 190 gols representando o país. É a maior artilheira de seleções entre mulheres e homens. Deixa Cristiano Ronaldo no bolso. As atuais campeãs olímpicas não venceram na estreia porque Nnadozie pegou a cobrança dela.

“Quando ela pegou a bola, eu pensei, ‘Ok, é Sinclair de novo’, porque na última vez que jogamos contra o Canadá, ela marcou contra mim. Fiquei com muita raiva e disse a mim mesmo: essa é a oportunidade de consertar as coisas”, contou a goleira, eleita pela Fifa a melhor em campo.

A Espanha venceu a Costa Rica por 3 x 0, mas poderia ter sido quatro, por exemplo. Se não foi, é culpa da goleira Daniela Solera. A jogadora de 25 anos e 1,83m venceu o duelo à parte com Jennifer Hermoso. A ex-meia-atacante do Barcelona, atualmente, no Pachuca do México, é usada volta e meia como falso nove. Aos 33 anos, ela teve nos pés a oportunidade de balançar a rede pela quarta vez em participações na Copa do Mundo, mas foi impedida pela fã de Keylor Navas.

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Marcos Paulo Lima

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