New Jersey — O Brasil ostenta um quarto dos candidatos ao título da Copa do Mundo de Clubes da Fifa nas oitavas de final. A Argentina está fora do torneio. Isso diz muito sobre o momento contraditório das seleções e dos clubes dos principais países do futebol sul-americano.
A Argentina é a atual campeã da Copa do Mundo, bi da Copa América e candidatíssima a conquistar o tetra em 2026, aqui nos Estados Unidos. Lidera com folga as Eliminatórias.
Em contrapartida, os clubes do país definham na Libertadores e passam vexame na Copa do Mundo de Clubes. Nossos vizinhos não conquistam o principal torneio da América do Sul desde 2018, quando o River Plate superou o arquirrival Boca Juniors na apoteótica final.
A Seleção Brasileira enfrenta crise sem precedentes. Carlo Ancelotti é o quarto técnico no ciclo para a Copa de 2026. Assumiu a prancheta depois das passagens do interino Ramon Menezes e dos colegas Fernando Diniz e Dorival Júnior pelo cargo.
O outro lado da moeda apresenta os times brasileiros hegemônicos na Libertadores. Todos os títulos de 2016 para cá são de clubes do país. Em mais uma prova de força, o Brasil é o único país da América do Sul representado nas oitavas de final. Botafogo, Flamengo, Fluminense e Palmeiras avançaram. Dois deles derrotaram adversários do Velho Mundo.
O Botafogo venceu o Paris Saint-Germain por 1 x 0 na estreia e encerrou 13 anos de jejum dos times brasileiros contra europeus em jogos oficiais. Na sequência, o Flamengo protagonizou virada por 3 x 1 diante do Chelsea e ajudou a lavar a alma nacional.
O Monterrey do México é o único intruso em uma festa cada vez mais restrita ao Brasil contra os europeus na próxima fase. O país terá um time nas quartas de final: Botafogo ou Palmeiras. Se der ruim, restar torcer pelo Flamengo contra o Bayern; e pelo Fluminense no duelo à parte com a Internazionale, atual vice-campeão da Champions League.
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