O franco desempenho dos atacantes sul-americanos na temporada do futebol europeu tem efeito colateral na Copa América. Na temporada 2018/2019, Messi foi o único sul-americano artilheiro em uma das sete ligas nacionais da Europa. Aqui, o principal torneio de seleções do continente pode ter o pior (ou os piores) artilheiros da história da competição.
A quatro jogos do fim da Copa América, há um incrível pelotão de 10 jogadores com dois gols cada: Luis Suárez (Uruguai), Miyoshi (Japão), Lautaro Martínez (Argentina) Alexis Sánchez (Chile), Duván Zapata (Colômbia), Vargas (Chile), Cavani (Uruguai), Machis (Venezuela), Philippe Coutinho (Barcelona) e Everton (Grêmio). Nenhum desgruda. A artilharia mais baixa na história foi registrada nas edições de 1916, 1920, 1921, 1923 e 1983: três gols.
O recorde não é sequer igualado desde 1957. O argentino Maschio e o uruguaio Ambrois marcaram nove gols cada. Micheli (1955) e Pelé (1959) chegaram próximo da marca. Balançaram a rede oito vezes cada um. Recentemente, o centroavante Adriano “Imperador” marcou sete vezes em 2004, no Peru.
América do Sul só teve um artilheiro nas 7 principais ligas da Europa em 2018/2019
- Inglês: Aubameyang (Gabão), Sané (Senegal) e Salah (Egito), 22 gols
- Italiano: Quagliarela (Itália), 26 gols
- Espanhol: Lionel Messi (Argentina), 36 gols
- Alemão: Lewandowski (Polônia), 22 gols
- Francês: Mbappé (França), 33 gols
- Holandês: Tadic (Sérvia) e Luuk de Jong (Holanda), 28
- Português: Seferovic (Suíça)
Não faltam matadores. Luis Suárez e Cavani foram eliminados pelo Peru. Paolo Guerrero não repete os desempenhos de 2011 e de 2015, quando conquistou a artilharia. Sergio Agüero não brilhou ainda. Alexis Sánchez está longe de ser um matador.
Para se ter uma ideia do péssimo desempenho dos artilheiros nesta Copa América, Eduardo Vargas, artilheiro da última edição do torneio, em 2016, tinha seis gols a essa altura da competição. Goleador também em 2015, Vargas só chegou aos quatro gols nas semifinais. Guerrero acumulava três e chegou a quatro na decisão do terceiro lugar.
Em 2011, Paolo Guerrero chegou às semifinais com dois gols. Arrematou a artilharia com cinco. Marcou três vezes na goleada por 4 x 1 sobre a Venezuela na decisão do terceiro lugar.
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