Aos de memória curta: a Colômbia não está na final da Copa América por acaso. Há três anos, a seleção cafetera só não decidiu o título contra o Brasil no Maracanã porque perdeu a semifinal para a Argentina nos pênaltis por 3 x 2 após igualdade por 1 x 1 no tempo regulamentar no Estádio Mané Garrincha, em Brasília.
Havia uma ausência naquele elenco. O então técnico Reinaldo Rueda não convocou James Rodriguez e entregou a camisa 10 a Cordona. A Federação Colombiana de Futebol e o treinador alegaram que o meia do Everton não estava no nível ideal de competição.
James Rodriguez rebateu à época. “Não receber a confiança da comissão técnica quebra com tudo e me causa uma dor enorme, já que sempre dei até a minha vida pela camisa da seleção da Colômbia”, publicou o jogador nas redes sociais. Mesmo sem ele, a Colômbia terminou a Copa América em terceiro lugar depois de derrotar o Peru.
De volta à Copa América, James Rodriguez classificou a Colômbia para a final na vitória por 1 x 0 contra o Uruguai com um desempenho impressionante sob o comando do técnico argentino Néstor Lorenzo. O craque acumula seis assistências e um gol em cinco partidas.
Na estreia, deu duas assistências contra o Paraguai. Mais uma contra a Costa Rica. Foi eleito o melhor jogador no duelo com o Brasil na terceira rodada. Balançou a rede, deu duas assistências e foi o craque do jogo nas quartas de final contra o Panamá. Nas semifinais, foi o autor do cruzamento para o gol da vitória marcado por Lerma. James conquistou o prêmio de melhor jogador da partida em quatro das cinco exibições da Colômbia. Não é pouco.
A Colômbia está na final da Copa América pela terceira vez com a assinatura de James. Depois do vice contra o Peru em 1975 e do título em casa contra o México em 2001, a seleção vai peitar a atual campeã mundial Argentina no Hard Rock Stadium, em Miami. O maestro da Colômbia tinha 10 anos no título de 2001. Aos 33, pode levar o país ao bi.
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