Conheça Leon Bailey: sensação da Bundesliga, o jamaicano do Bayer pode até jogar a Copa da Rússia

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Leon Bailey é vice-artilheiro do Bayer Leverkusen na Bundesliga com nove gols. Foto: Joerg Schueler/Bayer Leverkusen

Usain Bolt fez barulho, flertou com o Borussia Dortmund, disse que defenderia o clube depois da aposentadoria, mas a sensação do Campeonato Alemão na temporada de 2017/2018 é uma joia jamaicana que esteve em campo neste sábado na vitória do Bayer Leverkusen sobre o Borussia Monchengladbach, por 2 x 0, e está sendo cobiçada por clubes de ponta da Europa e até por seleções classificadas para a Copa da Rússia: Leon Bailey.

Aos 20 anos, ele é o vice-artilheiro do Bayer Leverkusen na Bundesliga. Tem um gol a menos do que o companheiro Kevin Volland. Na primeira temporada completa em solo germânico, Bailey contabiliza nove gols e seis assistências no Alemão e duas bolas na rede na Copa da Alemanha. Na janela de inverno de 2017, o Bayer desembolsou € 13,5 milhões para tirar a promessa do Genk, da Bélgica. Canhoto, o atacante tem facilidade para atuar aberto, como ponta, e na função de centroavante.

Não se assuste se Leon Bailey pintar na Copa da Rússia. Ele defendeu a camisa da seleção sub-23 da Jamaica, mas tem sido seduzido a trocar de nacionalidade. Os bisavôs de Bailey nasceram na Inglaterra. Atenta ao assédio, a Bélgica também cobiça o jamaicano. Alega que ele jogou lá por dois anos quando era juvenil. Para amarrá-lo em definitivo, a Bélgica sonha com o casamento do jogador com a modelo e DJ belga Ines Van Uythem. O matrimônio daria ao atacante a possibilidade de obter nacionalidade belga.

Bailey leva vida cigana. Nasceu em 9 de agosto de 1997. Tinha um ano quando a Jamaica disputou a Copa de 1998. Lembram? O técnico brasileiro Renê Simões comandava os Reggae Boyz. O atacante começou a jogar futebol no Phoenix All Stars, de Kingston, na Jamaica. Depois, perambulou pelo Liefering, da Áustria, e o AS Trencin, da Eslováquia. Em seguida, veio o contrato profissional com o Genk, da Bélgica.

Leon Bailey e Usain Bolt: astros jamaicanos do futebol e do atletismo. Foto: Bundesliga

No primeiro ano na Bélgica, Bailey anotou sete gols e 11 assistências em 42 jogos. Na segunda temporada, balançou a rede oito vezes — sete delas na Liga Europa — e o Bayer Leverkusen tratou logo de contratá-lo. Nos primeiros seis meses de 2017, disputou 10 jogos e não fez gol. Em 2017/2018, é uma das principais armas do técnico Heiko Herrlich.

Leon Bailey foi eleito o segundo melhor jogador do primeiro turno do Campeonato Alemão, atrás apenas do centroavante Lewandowski, do Bayern Munique. Cobiçado por Inglaterra e Bélgica, ele não abandona as origens. Nas redes sociais, faz questão de mostrar que é amigo íntimo do homem mais rápido do mundo — o compatriota Usain Bolt.

Ao que tudo indica, o meio do ano pode ser agitado para o jovem Bailey. Além de escolher uma seleção para chamar de sua, ele pode ser uma das sensações da próxima janela de transferências. Há quem diga que o Chelsea, por exemplo, monitora os passos do camisa 9 do Bayer Leverkusen. Atual vice-campeã da Copa Ouro — a Copa América da Concacaf — a Jamaica precisa urgentemente dar um pique de Usain Bolt para segurar, quem sabe, o candidato a ser o novo ídolo esportivo da terra de Bob Marley.

Marcos Paulo Lima

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