Ainda é cedo para identificar padrão de jogo ou um novo Flamengo sob a batuta de Tite, porém há algo visível, cristalino, facilmente perceptível na vitória rubro-negra por 2 x 0 contra o Cruzeiro, no Mineirão, em Belo Horizonte. O desembarque do ex-técnico da Seleção no Ninho do Urubu devolveu o brilho nos olhos de alguns jogadores escanteados durante a temporada. Especificamente os dois convocados para a disputa da Copa do Mundo de 2022.
Quem acompanha o cotidiano do Flamengo testemunha um outro Pedro. O ambiente mudou para ele. Ficou mais leve. Até bateu o pênalti tranquilo. Deslocou Rafael. O camisa 9 não é um cobrador totalmente confiável. Os goleiros costumam ir no canto certo, porém Pedro tem melhorado. Balançou a rede contra Goiás, São Paulo, Bahia e Cruzeiro em cobrança de pênalti. Dos sete gols dele neste Campeonato Brasileiro, quatro foram assim.
Tite também contagiou Éverton Ribeiro. O meia esteve com ele na Copa do Mundo, foi mantido titular na formação herdada do interino Mário Jorge e colaborou. Iniciou a partida aberto na direita no sistema 4-2-3-1. Pulgar e Thiago Maia protegiam a defesa e saíam para jogar com a linha formada por Éverton Ribeiro, Gerson e Bruno Henrique. Pedro na função de referência.
Em debate sobre renovação, Éverton Ribeiro é um dos jogadores mais profissionais do elenco. Sujeitou-se a quase tudo no entra e sai de técnico no Flamengo. Topou ser ala-esquerdo na passagem de Paulo Sousa pelo clube. Aceitou o papel de volante pela direita no losango de Dorival Júnior. Tolerou o banco de reservas, principalmente, no fim da era Jorge Sampaoli.
Nesta quinta-feira, o meia teve papel relevante na vitória contra o Cruzeiro. Sob pressão dos donos da casa, Tite escolheu inverter as funções de Éverton Ribeiro e Gerson. O extremo direito passou a jogar por dentro e o volante se transferiu para a ponta-direita. Além de dar suporte ao jovem lateral Wesley, ele fortaleceu a criação das jogadas naquele setor e mudou a partida.
A chegada de Tite também mexeu com o lateral-esquerdo Ayrton Lucas. A temporada dele começou arrasadora sob o comando de Vítor Pereira. Acumulava três gols e três assistências até a demissão do português. Marcou duas vezes com Jorge Sampaoli, porém não tinha liberdade devido às ideias confusas do argentino. Não havia sintonia entre ele e os pontas escalados naquele pedaço de campo. Bruno Henrique e Everton Cebolinha não se encaixavam com ele. Mais ofensivo e protegido no posicionamento defensivo sem a bola, deu até para abrir o placar.
O primeiro jogo sob nova direção deixou alguns rastros de ideia. A inicia o trabalho sem sofrer gol. Isso é importantíssimo. O Flamengo foi vazado 69 vezes neste ano. Isso simplesmente não combina com Tite e deve mudar na gestão do gaúcho de Caxias de Sul. O time funcionará bem do meio para a frente quando o setor defensivo estiver minimamente seguro. O grande avanço é o pé no freio nas improvisações. O trabalho começou com cada jogador no devido lugar.
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