Carlo Ancelotti Ancelotti caminha na Granja Comary rumo ao treino deste domingo. Foto: @rafaelribeirorio I CBF Carlo Ancelotti caminha na Granja Comary rumo ao campo para comandar o treino deste domingo. Foto: @rafaelribeirorio I CBF

Como foi a experiência de Carlo Ancelotti na altitude há quase 40 anos

Publicado em Esporte

A única experiência de Carlo Ancelotti com a altitude está próxima de completar 40 anos. O italiano vestia a camisa 9 da Itália na Copa do Mundo de 1986 sob o comando do técnico Enzo Bearzot. Das cinco partidas da Squadra Azzurra naquela edição, duas foram na Cidade do México — a 2.240m acima do nível do mar — e uma em Puebla (2.175m).

 

A Itália defendia o título conquistado em 1982. Carlo Ancelotti não entrou em campo naquela Copa do Mundo, mas fez parte do plantel. A Itália não venceu na Cidade do México. Empatou por 1 x 1 com Bulgária e foi eliminada pela França nas oitavas de final, por 2 x 0. Em Puebla, empatou com a Argentina, por 1 x 1, e derrotou a Coreia do Sul, por 3 x 2.

 

Em El Alto, Carlo Ancelotti terá de lidar praticamente com o dobro da altitude da Cidade do México e de Puebla na partida de terça-feira contra a Bolívia pela última rodada das Eliminatórias da América do Sul para a Copa do Mundo de 2026.

 

Ancelotti sabe como a comissão técnica da Itália preparou o elenco para aquela Copa, mas agora está do outro lado. É dele a responsabilidade de avaliar a condição física de cada jogador com o preparador físico e os fisiologistas, definir a escalação e o comportamento da Seleção Brasileira em uma partida na altitude de 4.150m.

 

Uma das dicas para a estratégica pode estar na vitória do amigo dele, Tite, contra a Bolívia, em 2022, coincidentemente na última rodada das Eliminatórias para a Copa de 2022. O Brasil goleou por 4 x 0 usando o sistema 4-2-3-1 e apostou na posse da bola. A Seleção encerrou a partida, em La Paz, numa altitude de 3.650m com 55% de retenção da bola contra 45% da Bolívia. Criou seis grandes chances de gol e fez quatro.

 

Portanto, o Brasil vai ter de conciliar posse de bola, precisão e controle emocional diante de uma Bolívia pilhada pela necessidade de vencer o Brasil e contar com tropeço da Venezuela para encerrar as Eliminatórias em sétimo e buscar vaga à Copa na repescagem.

 

Talvez, uma alternativa seja fugir das características das última três partidas e apostar em uma linha de cinco defensores para ter resistência defensiva, cansar pouco, reter a bola com três jogadores no meio e apostar na velocidade e na precisão de dois atacantes.

 

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