Com agenda vazia, Estádio Mané Garrincha deve abrir as portas para receber no próximo dia 11 o Torneio da Marcha das Margaridas

Gramado serã divido em quatro para abrigar torneio amador

Crédito da imagem: DAPress

Sem jogos de ponta e muito menos shows de grande porte na agenda para salvá-lo do prejuízo, o Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha é um alvo fácil para eventos inusitados. Vale tudo. A arena está reservada na noite de 11 de agosto, por exemplo, para receber o Torneio da Marcha das Margaridas. Os organizadores da competição pediram inclusive para que o gramado —cuja manutenção mensal custa R$ 95 mil — seja dividido em quatro campos com traves para que a tabela seja cumprida.

A Marcha das Margaridas é uma ação estratégica das mulheres do campo e da floresta que integra a agenda permanente do Movimento Sindical de Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais (MSTTR) e de movimentos feministas e de mulheres. A ação é coordenada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (CONTAG), pelas 27 Federações de Trabalhadores na Agricultura (FETAGs) e pelos mais de 4 mil Sindicatos dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais (STTRs), além de organizações de mulheres parceiras.

A previsão é de que a Marcha das Margaridas receba 100 mil mulheres. O torneio noturno será uma espécie de confraternização. Ocioso, o Mané Garrincha não recebe uma partida oficial desde o empate por 0 x 0 entre Gama e Botafogo-SP, em 12 de julho, pela Série D. Antes, o Vasco recebeu o São Paulo pela Série A do Campeonato Brasileiro.

Rejeitado até mesmo pelo Gama devido aos altos custos, o Mané Garrincha continua a mercê de clubes que empresas que compram mandos de campo de clubes das Séries A e B ou de eventos que mais prejudicam do que colaboram com a manutenção do caríssimo gramado. Havia, por exemplo, a possibilidade de a arena receber o Monster Truck, uma competição entre caminhonetes gigantes. Se abrigasse o evento, o gramado teria de ficar 10 dias coberto, ou seja, sem respirar e receber qualquer tipo de manutenção.