A posse do ministro interino do Esporte, Ricardo Leyser, no lugar de George Hilton, fez a turma do futebol perder o espírito olímpico. Conversei com presidentes de clubes importantes do país e a maioria demonstrou um certo desânimo com a mudança. Apesar de manter distância dos assuntos ligados ao futebol, um dos primeiros compromissos de Leyser tem tudo a ver com a bola. Torcedor do Inter, o ministro foi convidado para a festa de 107 anos do time do coração. Leyser confirmou presença na comemoração do clube na noite da próxima segunda-feira (4).
Um dos dirigentes ouvidos pelo blog lamenta o fato de Leyser não dar muito bola para o futebol. Na avaliação do cartola, a equipe de técnicos do Ministério do Esporte — como é o caso de Leyser — é muito resistente ao esporte mais popular do país. Há quem diga que, na opinião dos técnicos, a Secretaria Nacional de Futebol e Defesa do Torcedor nem deveria existir. A turma de técnicos considera que não há espaço para uma secretaria temática e que isso abre precedente para que outros esportes reivindiquem o mesmo tratamento dado ao futebol.
Mas há outras preocupações. Outro cartola ouvido acha que o movimento pela criação de um campeonato nacional independente da CBF perdeu um forte aliado. Segundo o dirigente, George Hilton havia comprado a briga dos clubes pela criação da Liga Nacional. Um das demonstrações havia sido a defesa da Primeira Liga na vitória do Flamengo sobre o Atlético-MG por 2 x 0, no Mineirão.
Por falar no clube carioca, Eduardo Bandeira de Mello, frequentador assíduo do ministério, pode ser um dos dirigentes afetados pela mudança. Ele tem o apoio do secretário nacional de de futebol e defesa do torcedor, Rogério Haman, para ser o fiscal do Profut — Programa de refinanciamento das dívidas dos clubes. Bandeira trava um Clássico dos Milhões com Eurico Miranda, outro nome recomendado nos bastidores para liderar o grupo. No entanto, Rogério Haman colocou o cargo à disposição de Leyser e nem sabe se fica.
Questionado sobre a troca de ministros, Eduardo Bandeira de Mello foi cauteloso. “Temos uma ótima relação com os dois (George Hilton e Ricardo Leyser)”. A CBF também pisou em ovos ao falar da troca de comando. “Desejamos sucesso ao novo ministro”, limitou-se a dizer o secretário-geral da entidade máxima do futebol brasileiro, Walter Feldman.
Uma das tarefas de Ricardo Leyser pode ser a escolha do novo secretário nacional do futebol e defesa do torcedor. Em obediência ao PRB, Rogério Haman colocou o cargo à disposição. Se o novo ministro optar pela troca, o cargo terá o quarto dono em oito anos. Criado em 2009, ainda no governo de Luiz Inácio Lula da Silva, a secretaria foi ocupada, anteriormente, por Alcino Reis e Toninho Nascimento antes de Rogério Hamam assumi-la, em 10 de março do ano passado.
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