Em meio ao entra e sai da pauta desde fevereiro, a análise da liminar concedida pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em 4 de janeiro deste ano à permanência do presidente eleito Ednaldo Rodrigues na Confederação Brasileira de Futebol (CBF) está novamente na agenda. Se não houver reviravolta, os ministros avaliarão o caso na sessão desta quarta-feira.
Ednaldo Rodrigues foi afastado do cargo em 7 de dezembro do ano passado por decisão do Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ). Um dos responsáveis pela ação era Gustavo Feijó, ex-vice presidente da CBF. No mês passado, o dirigente surpreendeu ao retirar todos os processos movidos contra o então desafeto Ednaldo Rodrigues. Questionado pelo blog se confirmava o “cessar-fogo”, Feijó respondeu curto e grosso em 6 de julho: “Sim”.
Consequentemente, a tendência é de que o STF encerre a novela em breve e o dirigente eleito em 23 de março de 2022 cumpra o mandato para o qual foi eleito por aclamação. Aliados de Ednaldo Rodrigues classificam a arrastada novela como tentativa de golpe. Adversários políticos ficam à espreita do desfecho no tapetão.
Em 7 de dezembro do ano passado, o TJ-RJ destituiu Ednaldo Rodrigues da CBF. O movimento partiu de ex-presidentes da entidade como Gustavo Feijó, Castellar Neto, Fernando Sarney e até do ex-presidente Rogério Caboclo.
Todos questionavam o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) celebrado entre o então presidente interino da entidade, Ednaldo Rodrigues, e o Ministério Público do Rio de Janeiro para as eleições realizadas em 23 de março de 2022. Ednaldo venceu por aclamação.
Dezenove meses depois do pleito, o TJ-RJ tirou Ednaldo Rodrigues do cargo na esteia das más campanhas e péssimos resultados da Seleção Brasileira em amitosos e nas Eliminatórias, e deu início a uma guerra de recursos do dirigente e de terceiros indeferidos no Superior Tribunal de Justiça e no Supremo Tribunal Federal. O Partido Social Democrático (PSD) e o Partido Comunista do Brasil (PCdoB) também compraram a briga.
Enquanto a disputa nos tribunais não se resolvia, dois dirigentes se apresentavam como candidatos diante da possibilidade da convocação de eleições. De um lado, Flávio Zveiter e Gustavo Feijó formavam uma chapa puxando 19 federações, sete clubes da Série A e três da B. Do outro, Reinaldo Carneiro Bastos lançava campanha apoiado por oito federações, 13 times da elite e 17 da segunda divisão.
A liminar concedida em 7 de janeiro pelo ministro Gilmar Mendes depois de pedir manifestações do procurador-geral da República, Paulo Gustavo Gonet, e do advogado-geral substituto da União (AGU), Flávio José Roman, Ednaldo Rodrigues foi devolvido ao cargo e aguarda pela homologação da decisão tomada em janeiro pelo STF.
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