Censo 2023: saiba quantos jogadores nascidos no Distrito Federal disputam a Copinha e onde atuam

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Guilherme Zimovski joga no Capivariano e fez golaço na primeira rodada. Foto: Tiago Tindade/ BhFoto

 

A modinha “Papai, quero ser Endrick”, se espalha pela capital do país. O Distrito Federal teve 95 jogadores inscritos na Copa São Paulo de Futebol Júnior. Eles nasceram de 2002 a 2007 e têm de 15 a 21 anos de idade. Este é o resultado do mapeamento do blog Drible de Corpo para a elaboração de um censo dos candangos matriculados no rigoroso vestibular da edição de 2023 do principal torneio das categorias de base do país. Há um ano, Endrick, conterrâneo dessas quase 100 apostas, levava o Palmeiras ao título inédito da Copinha e era eleito o melhor da competição. Hoje, é profissional do Palmeiras, está vendido ao Real Madrid, apontado na Europa como um dos jogadores mais promissores abaixo dos 20 anos e considerado uma solução para o drama da camisa 9 da Seleção Brasileira desde a aposentadoria de Ronaldo Fenômeno.

 

Nesta versão, a capital foi representada por Ceilândia e Gama. Do total, 23 defenderam o time alvinegro e 18 a equipe alviverde. Os jovens talentos não tentam iniciar a carreira somente nesses dois times. Os outros 54 arrumaram as malas e representaram equipes de fora das fronteiras do quadradinho do Planalto Central na mais badadala vitrine nacional.

 

Os 95 jogadores estão espalhados por 40 dos 128 clubes participantes da Copa São Paulo de Futebol Júnior, ou seja, em praticamente um terço. Há meninos em times do Distrito Federal e de 12 estados do país: São Paulo, Rio Grande do Norte, Minas Gerais, Goiás, Sergipe, Bahia, Tocantins, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Rondônia e Maranhão.

 

Os destinos nem sempre são camisas tradicionais do país. Há jogadores no Atlético-MG, Corinthians, Cruzeiro, Grêmio, Palmeiras e Santos, mas também em equipes alternativas como os modestos Rosário Central-SE, Canaã-BA e Real Ariquemes-RO.

 

Vale tudo para se candidatar a novo Endrick (Palmeiras), Ângelo Gabriel (Santos), Robert Renan ou Arthur Sousa (Corinthians).  Esses quatro candangos disputaram a Copinha recentemente e foram promovidos aos elencos profissionais. Lúcio é outra inspiração. Em 1998, o zagueiro foi capitão do Inter na conquista do título. Quatro anos depois, era titular do Brasil na campanha do penta na Copa do Mundo de 2002 disputada no Japão e na Coreia do Sul.

 

Autor de um golaço na primeira rodada com a camisa do Capivariano-SP, o atacante Guilherme Zimovski resume bem as idas e vindas das promessas. Aos 18 anos, o brasiliense descente de poloneses tem dupla cidadania. Começou no futsal da Associação Atlética Banco do Brasil (AABB) com o professor Higuinho. Na sequência, migrou para o campo incentivado pelo instrutor Edcarlos da Escolinha Bom de Bola e brilhou aos 12 anos no Torneio do Sesc.

 

Tio de Guilherme, Júlio Marcos contou ao blog que o sobrinho trocou Brasília por Goiânia para treinar no Goiás e no Vila Nova, embarcou rumo a São Paulo para disputar a última Copinha pelo XV de Piracicaba, fez teste no São Paulo e agradou o ídolo tricolor Pita, teve uma semana de experiência no Bayern de Munique e retornou ao país para vestiu a camisa 7 do Capivariano na Copinha. O time do interior paulista foi eliminado pelo Cuiabá na manhã desta quinta. “Ele é muito talentoso, tem estilo um contra um. Parte para cima do adversário”, descreve o tio-coruja.

 

Guilherme tem 62 medalhas no quarto de casa, mas a coleção pessoal nem sempre é definitiva para abrir portas em clubes de ponta do futebol brasileiro. É necessário ter um bom empresário, um agente capaz de posicioná-los no competitivo mercado das promessas. Aos 18 anos, precisou trocar algumas vezes de representante. Yuri Pinheiro é outro brasiliense do elenco.

 

As certidões de nascimentos dos jogadores nascidos no DF apontam a origem de cada um deles. Os jogadores representam 5 das 33 regiões administrativas: Brasília, Ceilândia, Gama, Guará e Taguatinga. Coincidência ou não, as principais escolinhas da cidade ficam nessas regiões. A idade dos 95 jogadores varia de 15 a 20 anos. O mais velho da turma é Marcos Vinicius do Ceilândia. Nascido em 29 de janeiro de 2002. O caçula atua no Gama. Dourado é de 22 de abril de 2007.

 

DEZ CURIOSIDADES DO CENSO DO BLOG DRIBLE DE CORPO

  1. 95 jogadores nascidos no Distrito Federal disputam a Copinha em 40 dos 128 times
  2. 54 defendem 38 times de fora do quadradinho
  3. 41 vestem as camisas de Ceilândia ou Gama
  4. 23 estão inscritos no alvinegro
  5. 18 estão matriculados no alviverde
  6. 40 dos 128 times da Copinha têm pelo menos um jogador nascido no DF
  7. 15 a 20 anos é a idade dos 95 jogadores candangos
  8. 5 regiões administrativas do DF têm jogadores: Brasília, Ceilândia, Gama, Guará e Taguatinga
  9. 12 estados são os destinos alternativos das joias candangas
  10. 6 times tradicionais têm candangos: Atlético, Corinthians, Cruzeiro, Grêmio, Palmeiras e Santos

 

 

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